Na última segunda-feira (28), a Ferroviária anunciou oficialmente o seu novo treinador, que firmou contrato até o fim do próximo Paulistão. Trata-se de Thiago Carpini, técnico ex-Santo André e Inter de Limeira, de 37 anos.
Natural de Valinhos (SP), Thiago, que tem passagens também por Oeste e Guarani, se aposentou dos gramados em 2017, quando o ex-defensor atuou pela Caldense, passando também por Guarani, Atlético Mineiro e Bahia durante a sua carreira.
O ex-técnico do Santo André, durante o último Paulistão, chega à Ferroviária para substituir Elano, que teve a sua demissão anunciada antes do Troféu do Interior, no qual a Ferroviária foi derrotada pela Internacional de Limeira nos pênaltis.
Em toda a sua carreira como treinador de futebol, o novo comandante afeano dirigiu 69 jogos, vencendo 23, empatando 16 e perdendo os outros 30, totalizando um aproveitamento de 41%. Além disso, o técnico acumula uma média de 0,87 gols feitos por jogo, enquanto soma 1,07 gols sofridos por jogo.
Enquanto comandou o Santo André, Thiago teve um desempenho similar ao de Elano neste Paulistão, com o mesmo número de vitórias. A diferença fica por conta dos gols pró, gols sofridos e número de derrotas, que são maiores na campanha afeana.
Ou seja, puramente pela análise dos dados, se pensaria que o estilo de Carpini é mais defensivo, que marca menos gols, mas ao mesmo tempo sofre menos. Entretanto, quando se analisa o jogo do técnico, algumas divergências aparecem.
O Santo André de Carpini era um time que pressionava a saída de bola e trabalhava com calma até encontrar os espaços para chegar próximo ao gol. Diferentemente da Ferroviária de Elano, que até pressionava a saída de bola, mas não com a mesma intensidade.
Além disso, o time afeano comandado pelo ex-Santos utilizava muito as laterais, com os laterais e os pontas apoiando constantemente. Ao contrário disso, se via no Ramalhão de Thiago um uso mais constante da faixa central, trabalhando mais com os meio campistas.
O que se pode esperar do novo técnico da Ferroviária é um time mais ofensivo, que depende mais dos volantes e meias, mas que não faz dos pontas um desuso, utilizando os extremos em momentos do jogo para criação de jogadas, visando “abrir espaço”.
Agora começa, também, a reformulação do elenco da Ferroviária: jogadores sairão, como Saulo e Didi (que já se despediram oficialmente), e jogadores chegarão para substituí-los, como sempre ocorreu em ano de disputa da Série D.
Torçamos para que o elenco desse ano seja bem montado, pois bem comandado é algo que muito provavelmente ele será. Com a suposta troca de investidor no comando grená, quem sabe mais dinheiro seja destinado às contratações, tendo jogadores de mais calibre para disputar a Série D pela Ferroviária nesta temporada.