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Cotidiano"Acabar com a dengue exige mudança cultural e política", diz epidemiologista

“Acabar com a dengue exige mudança cultural e política”, diz epidemiologista

Araraquara vivencia uma nova epidemia de dengue, com 1.067 casos e três mortes deste o início do ano

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Araraquara vive epidemia de dengue com três mortes confirmadas da doença (Foto: Freepik)

 

 

 

 

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Araraquara vivencia uma nova epidemia de dengue, com 1.067 casos e três mortes confirmadas desde o início deste ano. 

De acordo com o médico epidemiologista e professor do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Bernardino Alves Souto, a dengue é uma doença sazonal que explode epidemicamente assim que o mosquito encontra condições ambientais favoráveis para sua reprodução e circulação. 

“Ele gosta de umidade e calor. Toda vez que faz calor e chove, como é comum no verão, a quantidade de mosquitos em reprodução e em circulação aumenta vertiginosamente. Junto com isso, surgem epidemias explosivas de Dengue”, destaca. 

MUDANÇA CULTURAL
Ainda de acordo com o especialista, a luta contra a Dengue não pode ser somente nos momentos epidêmicos, mas exige mudança cultural e mudança política. 

“Tem que ser contínua e precisa considerar todos os aspectos ligados às questões urbanas e de circulação de pessoas. Precisa entrar nos planos diretores municipais. Sem educação, sem distribuição de renda e de oportunidades e com privilégio permanente ao capital, isso não muda”, ressalta. 

TIPO DIFERENTE
Na semana passada, o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Rodrigo Ramos, explicou que em 2019 durante a maior epidemia de dengue já registrada, com mais de 23 mil casos – circulava em Araraquara o tipo 2 da dengue, já neste ano o tipo 1 é o que vem predominando. 

“Estamos sob o risco de ter uma epidemia tão grave quanto à anterior. Neste caso, mesmo quem adoeceu antes poderá adoecer novamente”, frisa. 

O professor fala ainda sobre a letalidade da dengue. Em todo o ano de 2019 foram cinco mortes, neste ano, em apenas três meses, foram registradas três mortes. 

“Quando uma pessoa pega Dengue pela primeira vez, a chance de morte é de 0,2%. Quando a dengue repete, a letalidade aumenta dez vezes (vai para 2%). Portanto, sempre que uma epidemia de Dengue vem pela segunda vez ou mais, ela vem com maior mortalidade na população. Sempre a mortalidade populacional é menor na primeira epidemia e maior a partir da segunda”, finaliza.

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