O Tribunal do Júri começou a julgar, nesta terça-feira (10), Fernando Henrique de Conti, de 36 anos, acusado de espancar e matar Carlos Alberto Rossan, em outubro de 2021, no Jardim Adelaide, em Araraquara. O julgamento, que ocorreria em janeiro, precisou ser remarcado.
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Fernando foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por homicídio qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, que, na época, tinha 58 anos.
O crime ocorreu na casa de Carlos Alberto, situada nos fundos de outra residência. Ele chegou a ser socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado para a Santa Casa, mas morreu 15 dias depois em decorrência de politraumatismo.
Além de Fernando, Vitor Marchetti, de 28, também foi denunciado pelos mesmos crimes. Ele foi preso em novembro do ano passado, em Itajaí, Santa Catarina. No entanto, por conta da demora no cumprimento do mandado de prisão preventiva, o processo precisou ser desmembrado e o julgamento ainda não foi marcado.
Para o júri, quatro testemunhas foram arroladas pelo MP, entre elas o delegado Gustavo Maio, que, na época, era o responsável pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais).
O CRIME
Uma testemunha, que mora na casa em frente ao local do crime, relatou à polícia que presenciou o momento em que os dois acusados entraram na casa da vítima e passaram a agredi-la com socos, chutes, pauladas e pedradas.
Segundo o relato, os réus permaneceram no local por cerca de 40 minutos e amarraram as mãos e os pés da vítima, que não pôde se defender. Durante as agressões, os dois também teriam mencionado uma dívida.
De acordo com a denúncia do MP, os dois eram amigos e frequentavam a casa da vítima para consumir drogas. No dia do crime, eles teriam tido uma discussão motivada por uma dívida, que evoluiu para as agressões físicas.
Fernando foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. Já Vitor só foi preso no fim do ano passado.
