O Tribunal do Júri absolveu, pela segunda vez, o advogado Fagner Marcius Malara do crime de tentativa de homicídio, após 12 horas de julgamento, na última terça-feira (20). Ele foi acusado de agredir um homem em frente ao Fórum de Araraquara, em maio de 2019.
Por outro lado, o auxiliar de serviços gerais Marco Antônio Moreira dos Santos, que também foi acusado pelo crime, foi condenado a quatro anos de prisão por lesão corporal. No entanto, como já estava preso há seis anos, teve o alvará de soltura expedido pela Justiça.
- Participe do nosso grupo no WhatsApp (Clique aqui)
- Participe do nosso Canal no Whatsapp (Clique aqui)
- Participe da nossa comunidade no Telegram (Clique aqui)
Os dois réus foram julgados pela primeira vez em janeiro de 2022. Na ocasião, o advogado foi absolvido da acusação e Marco Antônio condenado a 10 anos de prisão por tentativa de homicídio simples. Mas o Ministério Público de São Paulo recorreu da decisão, e um novo julgamento foi marcado.
“A sensação é de justiça. Foram seis anos sofrendo as agruras desse processo. O Ministério Público do Estado de São Paulo querendo a minha condenação, insistindo na minha condenação, mesmo após uma absolvição, e a justiça foi feita mais uma vez”, disse Malara ao acidade on.
O crime ocorreu no dia 20 de maio de 2019, há exatos seis anos do segundo julgamento. Fagner Malara e Marco Antônio foram acusados de agredir Aldo Gibran Charara, de 52 anos, em frente ao Fórum.
Segundo o advogado, o Conselho de Sentença novamente contrariou as teses da acusação. “Tudo o que estava ao alcance do Ministério Público para me condenar, para pedir a minha condenação, eles fizeram”, concluiu.
INVESTIGAÇÃO
Segundo a investigação, a agressão foi motivada por um desentendimento ocorrido em um escritório de advocacia na Rua dos Libaneses. Durante o primeiro julgamento, a vítima contou que a briga foi por causa de uma mulher.
Dezoito dias após a agressão, a Polícia Civil realizou a reconstituição do crime. Na ocasião, Geriel Dal Ri, responsável pela investigação à época, afirmou que ambos teriam participação no crime.
De acordo com a investigação, uma barra de ferro, um pedaço de madeira e um nunchaku — instrumento de artes marciais que consiste em dois bastões conectados por uma corda ou corrente — foram utilizados nas agressões.
Charara foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado em estado grave para a Santa Casa, onde permaneceu 18 dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).