Dois postos de combustíveis de Araraquara têm entre seus sócios alvos da Operação Carbono Oculto — a maior ofensiva já realizada contra o PCC (Primeiro Comando da Capital). A informação foi revelada pelo portal g1 e as defesas dos envolvidos não foram localizadas.
Deflagrada em agosto, a operação tem como alvo pessoas e empresas suspeitas de integrar um esquema de lavagem de dinheiro e blindagem patrimonial ligado à facção criminosa. A Justiça autorizou mandados de busca e prisão em diversas cidades do país.
Segundo o levantamento, um dos sócios investigados seria responsável por criar estruturas empresariais e movimentar fundos usados pelo grupo para ocultar o dinheiro obtido com o crime. Ele está ligado a 103 postos de combustíveis, incluindo um localizado no Jardim Tabapuã, em Araraquara, que possui bandeira, mas não foi alvo direto da operação.
Outro posto, situado na Vila Velosa, tem bandeira branca e também tem entre seus sócios um empresário investigado. Segundo os investigadores, ele é apontado como participante de negócios imobiliários e de combustíveis usados na lavagem de capitais ligados ao PCC. Esse empresário aparece vinculado a 13 postos em diferentes municípios.
As investigações são conduzidas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e tramitam sob sigilo. A Receita Federal estima que mais de mil postos de combustíveis tenham sido utilizados pela facção para movimentar recursos de forma irregular.
O levantamento do g1 aponta a participação de investigados no quadro societário de 251 postos em quatro estados. Desse total, 233 ficam em São Paulo, principalmente na Região Metropolitana da capital. Outros cinco estão localizados no interior — nas cidades de Araraquara, Pirassununga e Araras. Também há unidades registradas em Goiás, Minas Gerais e Paraná.
