Araraquara concentra 17% das mortes e 13% dos casos de dengue registrados em todo estado de São Paulo em 2022. Até o momento, foram 5.423 notificações com dez mortes confirmadas na cidade.
No mesmo período, no Estado, foram registradas 56 mortes e mais de 42 mil casos da doença. Araraquara, inclusive, é a segunda cidade paulista mais afetada, atrás apenas de São José do Rio Preto.
Em entrevista ao portal acidade on, a secretária municipal de Saúde, Eliana Honain, atribuiu este número as investigações e diagnósticos de pacientes com a doença.
“A gente investiga todos os óbitos. Se a pessoa está com dengue, a gente classifica realmente como dengue. Então depende muito desta classificação”, afirmou.
Segundo Eliana Honain, a assistência médica está organizada para os atendimentos. Porém, existe uma relação de agravamentos em pacientes que já tiveram a doença anteriormente.
“Quando a pessoa teve uma vez dengue e ela se repete, ela pode realmente agravar o quadro. Desde que a gente percebeu o número crescente de casos, a nossa assistência foi organizada, abrimos o centro de hidratação com atendimento diferenciado, com retorno agendado”, defendeu.
AÇÕES
Eliana Honain destacou que as ações como mutirões, vistorias, nebulizações e fumacês têm ajudado a controlar a epidemia que, segundo ela, poderia estar em uma situação pior se não fossem adotadas.
“Por isso que a gente tem que trabalhar muito para não ter o mosquito ou os criadouros dele. É o nosso grande desafio”, afirmou.
A secretaria municipal de Saúde também está estudando a associação dos agravamentos da dengue em pacientes pós-covid. “Mas ainda é só uma hipótese”, finalizou a secretária.
ESTADO
São Paulo é o Estado com mais mortes, a frente de Goiás (19), Santa Cataria (19) e Bahia (16). Ao todo, o país já registra 160 óbitos por dengue, sendo que outros 228 ainda estão em investigação.
Segundo o ministério da Saúde, até o dia 23 de abril, foram notificados 378 casos de dengue grave (DG) e 4.741 casos de dengue com sinais de alarme (DSA). Outros 368 casos de dengue grave e dengue com sinais de alarme seguem em investigação.