Com as Olimpíadas no ar, o sonho do esporte acende em muitas crianças e uma novidade promete incentivar ainda mais a garotada para a prática esportiva. A Secretaria de Esportes e Lazer planeja realizar, a partir do ano que vem, as Olimpíadas das Escolinhas de Esportes, evento que servirá para garimpar talentos e ao mesmo tempo atrair mais alunos.
As Escolinhas de Esportes, programa municipal que atende mais de 6 mil crianças e adolescentes em diversas modalidades, retomam no modelo presencial neste mês de agosto.
A coordenadora executiva de Projetos Esportivos de Inclusão Social da Secretaria de Esporte e Lazer, Roseli Gustavo, que quando atleta representou o Brasil em Olimpíadas com a Seleção Brasileira de Basquete, explica que foi influenciada pelo espírito olímpico para criar a competição. “No início do ano, quando o prefeito Edinho decidiu reestruturar as Escolinhas de Esportes, comecei a pensar nessa ideia. Outra inspiração foi o fato de ser um ano de Olimpíadas, que é um evento que todos param para assistir. Porém a pandemia e a reforma do Gigantão impossibilitaram a realização neste ano. Já estamos planejando os detalhes para que seja realizado todos os anos, a partir de 2022, durante todo o mês de outubro, por ser o mês da criança”, revela.
Segundo ela, o projeto prevê uma grande festa esportiva para a cidade. “A ideia é realizar uma abertura no Gigantão, com desfile dos atletas, presença dos pais, homenagem a atletas que fizeram parte das Escolinhas e homenagem a monitores aposentados. O intuito é desenvolver um evento para entrar definitivamente no calendário municipal”, explica Roseli, que acrescenta que a iniciativa precisará do apoio de outras secretarias municipais como Educação, Saúde, Comunicação e Segurança. Ela também destacou que a Unimed, que há mais de dez anos apoia os projetos esportivos da cidade, já se prontificou a apoiar o evento.
EDUCAÇÃO POR MEIO DO ESPORTE
Roseli acrescenta que as Olimpíadas das Escolinhas de Esportes contarão com premiações que envolverão não apenas a questão esportiva, como também os fatores comportamentais e escolares, com o objetivo de levá-los a um crescimento dentro de suas modalidades e ao mesmo tempo melhorar o comportamento em casa e incentivá-los a ter um bom desempenho na escola. “Acreditamos muito no esporte como um instrumento de educação, então não vamos premiar a criança somente porque ela é boa no esporte, é preciso ter outros atributos, como ser boa com a família, com os amigos. Então esperamos que o esporte realmente transforme a vida dela”, salienta.
A coordenadora destaca que o evento também será motivador para os professores. “Eles vão trabalhar com essa perspectiva de que todo mês de outubro terá a competição. Vamos dar medalhas de participação para todos os participantes, premiação para monitores e essas são motivações a mais. Creio que depois que tivermos a primeira edição, será algo que ficará marcado. A partir dela vamos iniciar cada ano nos organizando para esse evento”, completa.
Antes da pandemia, as Escolinhas de Esportes de Araraquara contavam com aproximadamente 6 mil alunos inscritos, porém existe uma incógnita sobre a procura das crianças para a retomada das atividades em agosto. “Ainda não sabemos como os pais vão reagir, se vão mandar os filhos ou se vão aguardar mais. Os últimos quatro meses até o final do ano serão um desafio para nós. Acreditamos que a procura maior seja nos bairros periféricos porque sabemos que a molecada fica na rua e ter um treinamento dirigido é melhor do que ficar sem uma orientação. Será um recomeço para todos nós”, concluiu Roseli.