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Após cumprir duas quarentenas, a araraquarense Micheli Valala, de 41 anos, recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19 nesta quinta-feira (14), na Irlanda, país onde está morando desde 2017.
“Estou imensamente feliz, é uma sensação de liberdade”, diz a jornalista que atualmente trabalha como cuidadora de idosos em Dublin.
Micheli fala que agora, vacina, pode retomar suas atividades, já que desde o dia 31 de dezembro, ela estava isolada em um hotel pago pelo governo após ter contato com uma pessoa que testou positivo para a doença. Em outubro do ano passado, ela também cumpriu o isolamento pelo mesmo motivo, mas ficou em casa.
Desta vez, ela contou que não esperava passar a virada de ano sozinha, já que mora com outras três brasileiras que também trabalham na área da saúde. Uma das colegas, porém, testou positivo.
“Saí cedo para o mercado, comprei tudo para a ceia de Réveillon. À tarde, minha chefe ligou, só deu tempo de arrumar a mala. Foi horrível, eu não sabia se ria ou chorava. Levei a roupa que tinha comprado, o champanhe, me arrumei, brindei e fui dormir”, conta ela.
AGORA VACINADA
Micheli pôde deixar o hotel na manhã desta quarta-feira para receber a primeira dose da vacina da Pfizer/ BioNTech, cuja campanha de imunização começou no dia 29 de dezembro.
A cuidadora de idosos tem planos de voltar a trabalhar e, assim que receber a segunda dose daqui a três semanas, poder ver a mãe de 69 anos em Araraquara, os familiares e os amigos.
“Ao mesmo tempo em que estou com a vacina, fico bastante triste porque gostaria que todos tivessem essa oportunidade e no Brasil isso vai demorar um pouco ainda. Mais triste ainda é ver que tem tanta gente contra”, afirma.
Desde dezembro, a Irlanda vive um novo lockdown após números recordes de casos da doença. O país, que tem cerca de 5 milhões de habitantes, já confirmou mais de 2,4 mil mortes pelo vírus.
Atualmente, apenas os serviços essenciais podem funcionar, como hospitais, farmácias e mercados. Além disso, os moradores só podem sair em um raio de até 5 km de suas casas. Essa já é considerada a terceira onda da pandemia na Irlanda.