- Publicidade -
CotidianoAtendimento no plantão psicológico diminui 80% em Araraquara

Atendimento no plantão psicológico diminui 80% em Araraquara

Queda está relacionada ao restabelecimento de serviços e informações mais claras sobre a doença à população

- Publicidade -

Atendimento é feito de maneira remota, através do telefone (Foto: Pixabay)

Desde o final de março de 2020, Araraquara conta com plantão psicológico gratuito online e via telefone para atender a demanda da população durante o período da pandemia da covid-19.   

- Publicidade -

Entre chamadas de vídeo por aplicativo e conversas telefônicas, foram 900 atendimentos até dezembro de 2020. Porém, segundo dados do último balanço da Gerência de Saúde Mental e Secretaria Municipal de Saúde, no segundo semestre de 2020, o número de atendimentos do plantão caiu em torno de 80% na cidade.  

O psicólogo Marinaldo de Souza, um dos profissionais envolvidos no plantão, explica que a queda na procura está relacionada ao restabelecimento de serviços na cidade e as informações mais claras sobre a doença à população. 

“Isso é um fenômeno conforme os serviços vão se restabelecendo e as notícias sobre a covid-19 se tornam mais claras, assim as pessoas param de ligar. Algo que incialmente deixavam as pessoas muito ansiosas eram as dúvidas e clareza sobre a doença, conforme fomos restabelecendo os atendimentos nos bairros e ambulatoriais, a população começou a parar de procurar atendimento online”, diz. 

De março a julho foram 750 atendimentos, cerca de seis ao dia, já no segundo semestre, de julho a dezembro, foram 132 atendimentos. Uma queda de queda de 80%, em torno de um atendimento ao dia.  

PERFIL 
De acordo com a gerente de Saúde Mental, Gislaine de Cássia de Oliveira Martins, das 132 pessoas atendidas, 103 são mulheres e 29 são homens. “Notamos um discreto aumento da procura agora no início de janeiro”, diz.  

Segundo ela, as queixas que mais aparecem são crises de ansiedade e pânico, somado ao aumento de consumo de álcool e preocupações econômicas, como o desemprego.  

- Publicidade -

“As queixas são relacionadas tanto com pessoas que estão há muito tempo em isolamento social, quanto de pessoas que precisam sair de casa. Há o medo de se contaminar e consequentemente contaminar outras pessoas também”, frisa.  

Outra queixa comum é a dificuldade em lidar com as crianças e com portadores de deficiência tanto na questão do isolamento ou no uso correto de EPIS (Equipamento de Proteção Individual), como as máscaras.  

A profissional da saúde mental explica que a depressão também aparece nos atendimentos e muitas vezes está ligada a solidão.  

“A depressão está ligada principalmente a solidão e falta de contato com familiares e amigos e com o medo da morte”, diz.  

Gislaini Martins enfatiza que os psicólogos do plantão fazem monitoramento de algumas pessoas ao perceberem no contato telefônico a necessidade e dificuldade do paciente. “Desta forma combinam de realizar um contato semanal”, explica.   

O psicólogo Marinaldo de Souza reforça que mesmo com a diminuição na procura é importante frisar que as ações do plantão psicológico continuam assim como os plantões de informações sobre a covid-19.  

“Estamos na frente de luta contra a doença até onde for necessário”, enfatiza.  

Os atendimentos são realizados por telefone ou pela plataforma Bela; de segunda à sexta, das 8h ás 12h e das 14hs ás 18hs, em cada período há um psicólogo de plantão.  

SERVIÇO:
Ambulatório de Psicologia
Telefone : 33055609 (plantão psicológico)

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -