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CotidianoAumento do combustível faz araraquarenses usarem menos o carro

Aumento do combustível faz araraquarenses usarem menos o carro

Mês de agosto teve ao menos três aumentos no valor do combustível

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O vendedor Elton Nonato parou de fazer seu horário de almoço em casa para economizar com combustível (Foto: Amanda Rocha)

Os sucessivos aumentos no preço do combustível em agosto têm deixado os araraquarenses com o pé no freio. 

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O preço médio da gasolina está beirando R$ 6 o litro, e o etanol R$ 4,50, com pequenas diferenças entre postos da cidade. 

Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), o preço da gasolina aumentou 27, 51% do começo do ano até julho, enquanto o diesel teve alta de 25, 78%. Mais alta do que a inflação medida no mesmo do período 4,76%. 

A reportagem visitou diferentes postos da Vila Xavier e do Centro. Frentistas relataram que sentiram a diferença no comportamento dos clientes. Hoje abastecem menos e com valores mais baixos. 

O vendedor Elton Nonato disse que a situação está muito difícil e que tem trocado o vale-alimentação para abastecer o carro. Alguns postos de combustíveis aceitam ticket, o que facilita para muitas pessoas. 

“Nem uso o ticket para comprar carne mais, só para abastecer mesmo, porque só com o salário não damos conta. Está muito caro e tenho usado menos o carro”, aponta.  

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Alta do combustível tem feito araraquarenses a mudarem o consumo (Foto: Amanda Rocha)
Alta do combustível tem feito araraquarenses a mudarem o perfil de consumo (Foto: Amanda Rocha)

Elton comenta que antes ia almoçar em casa – mora no bairro do Melhado e trabalha no Centro -, mas agora não dá mais. “Fiz as contas, dá R$ 400 reais a mais só para ir almoçar e voltar, gastar isso é um problemão. Nada melhora no país, fico de mãos atadas. As coisas estão mais caras e o salário que tinha há dois anos não tenho hoje”, refletiu. 

A funcionária pública Maria Cristina da Silva disse usar pouco seu carro. “Ando o mínimo possível, não tem mais condições com o combustível subindo três vezes ao mês”, desabafou.  

Maria Cristina tem evitado usar o carro (Foto: Amanda Rocha)

MOTORISTAS DE APP
Um dos setores que mais sofreu com o aumento do combustível é o de transportes. Motoristas de aplicativo avaliam se ainda compensa continuar na profissão. A alta no preço já levou 25% dos motoristas a desistirem das corridas. 

André Nunes analisou que se o combustível continuar disparando não vai compensar trabalhar mais como motorista de aplicativo.

“Estou tentando rodar menos, abasteço no álcool que está um pouco mais barato, mas está complicado. Evito sair tanto, ando a pé, de bicicleta, só uso para trabalhar mesmo”, frisou.

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