A poucos dias do carnaval, bares de Araraquara planejam eventos menores do que o habitual. Estabelecimentos ouvidos pelo Acidade on destacam os cuidados com os protocolos sanitários, o receio de novas medidas restritivas e a preocupação da população com a contaminação pelo Coronavírus.
Para este ano, alguns cuidados serão mantidos, como redução de público, uso de máscara, disponibilização de álcool em gel e, em alguns casos, a apresentação do comprovante de vacinação.
Um tradicional bar, que fica no Centro da cidade, evita, inclusive, usar o termo “Carnaval”. O proprietário do espaço, Adriano Daltrini, diz que neste ano, por conta do cenário atual da pandemia, a estrutura será reduzida.
“Não vamos ter o fechamento de rua [em frente ao bar], e vamos seguir todas as normas do decreto. O Carnaval mesmo vai ser em abril. Agora, a gente vai fazer apenas um esquenta”, explica.
Segundo ele, serão quatro dias de festa e diversos ambientes, ou seja, uma opção para quem curte o Carnaval e não vai poder festejar como gostaria.
Em um bar recém-inaugurado, no Jardim Primavera, a programação não deve ser muito diferente do dia-a-dia, com exceção da decoração mais temática. O espaço, inclusive, já funciona de segunda a segunda.
Thiago Henrique Santos, um dos proprietários do local, afirma que existe um receio muito grande com novas medidas restritivas que possam ser impostas pelo poder público. Lá, o comprovante de vacinação já é exigido.
“De repente a prefeitura veta [a realização do evento]. Por isso, a gente fica com medo de investir em algo grandioso e depois ser vetado”, explica.
Ele também justifica que a estrutura e a contratação de bandas costumam ser mais caras durante o Carnaval, o que inviabiliza grandes investimentos em um cenário de incertezas.
Para Erick Fernando Perassoli de Oliveira, produtor de eventos de um bar na Vila Harmonia, o Carnaval será “mais simbólico e enxuto”. “É mais uma comemoração para não passar em branco”, afirma.
A casa preparou uma programação para todos os dias, com exceção da terça-feira (28), que ainda está pendente. Para atrair o folião, criou, inclusive, um passaporte para todos dos dias com direito a uma bebida.
“Pensamos e elaboramos um Carnaval mais econômico porque a população está com medo de sair de casa”, diz. “Nós somos um ambiente familiar, então, vamos exigir a carteira de vacinação, vamos trabalhar com público reduzido, e disponibilizar álcool em gel na porta”, finaliza o produtor.
