Dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostram que cerca de 5% da população brasileira tem ou já teve cálculos renais, sendo que o número pode chegar a 13% quando considerada a população mundial. Diante desse cenário, a medicina evoluiu para tornar os procedimentos ou intervenções cirúrgicas menos invasivas possíveis quando há a necessidade de remoção ou rompimento de cálculos maiores.
Segundo o urologista Dr. Rodrigo Quarteiro, as principais causas para formação de cálculos renais são a pouca ingestão de líquidos e o consumo excessivo de alimentos ricos em sódio, purinas e oxalato, como proteínas animais, bebidas alcoólicas e chocolate. “Sedentarismo, infecção urinária, o uso de medicações e predisposição genética também são fatores de risco”, diz.
O especialista também explica que a necessidade de cirurgia é sempre avaliada individualmente e sua indicação ocorre nos casos em que a dor não pode ser controlada com medicamentos, quando há dilatação importante da via urinária excretora, infecção urinária associada a presença de cálculo, cálculos grandes ou devido à perda da função renal por cálculo obstrutivo. “A cirurgia tem como objetivo desobstruir a via urinária, de forma que o rim volte a funcionar e o paciente não sinta mais dores. O procedimento é feito através da via urinária e consiste em dissolver o cálculo e então remover os fragmentos menores, o que também reduz os riscos de infecção generalizada e até mesmo óbito”, explica Quarteiro.
O procedimento é considerado pouco agressivo para o organismo, pois utiliza de um método minimamente invasivo e que permite a rápida recuperação do paciente, que na maioria das vezes necessita de apenas 24 horas de internação hospitalar.
O urologista ainda informa que os cálculos que não ultrapassam o 1 cm de diâmetro podem ser expelidos pelo organismo com o uso de medicamentos com orientação médica ou com o aumento da ingestão de água. “O mais importante é estar atento aos primeiros sinais de alerta para detecção do problema, como cólicas renais súbitas, náuseas, vômitos ou sangue na urina”.