Terças, quintas e sábados. Esses são os dias da semana em que a coleta de lixo domiciliar deveria ocorrer no Jardim Brasil e em outros bairros de Araraquara. Porém, diferentemente do previsto, há seis dias o serviço não é realizado conforme o cronograma.
A técnica de enfermagem Débora Rabaldelli, de 35 anos, mora na Rua Rio Grande. Ela lembra que a coleta, que deveria ter ocorrido na última terça-feira (8), foi feita com um dia de atraso, ou seja, na quarta-feira e, desde a última quinta (10), o serviço está paralisado.
“Eu estou colocando [o lixo na rua] porque não sei quando [o caminhão] vai passar. Se der sorte de passar, já leva tudo. Se não, fica aí na frente. O cachorro já destruiu, a gente já limpou, colocou de novo e está desse jeito porque não dá para saber quando vai passar“, opina.
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No Jardim das Estações, a situação não é diferente. Na Avenida Uadi Haddad, onde mora a dona de casa Andréia Cardinale, 52, ainda há lixo se acumulando nas lixeiras. Assim como no Jardim Brasil, a coleta também deveria ser feita às terças, quintas e sábados.
“A gente fica monitorando se [animais] não estão rasgando o lixo. Às vezes, a gente recolhe e tem medo de que [o caminhão] passe. Então, tem que deixar na rua, não tem o que fazer, porque como ninguém avisa o dia em que vai passar, tem que arriscar deixar na rua. Hoje rasgou, eu fui e coloquei dentro de outro saco. A gente vai fazendo isso, não tem muito o que fazer”, lamenta a moradora.

No cruzamento da Avenida Pablo Picasso com a Rua Maurício Galli, no Selmi Dei, um monte de lixo se acumula na base do semáforo do canteiro central. Segundo moradores, o material deveria ter sido recolhido no último sábado (12).
“Teve uns dias aí para trás em que eles não estavam passando, não. Aí ficou uns dias com o lixo todo na rua, mas, quando eles passam, pegam tudo. Mas no sábado, eu acho que eles pegaram os outros e largaram esse aí“, conta a vendedora Lúcia Soares, 69, que trabalha em uma loja de roupas em frente ao cruzamento.

Situação semelhante também se repete no Serra Azul, onde a coleta deveria ocorrer nos mesmos dias que nos demais bairros. Para a aposentada Geovanina Passos, 74, que mora na Rua Oacyr Antonio Ellero, a situação é lamentável.
“Então, a gente não sabe mais o que fazer, porque fica juntando lixo. Agora mesmo, tive que pôr um saco todo rasgado aqui dentro. É um problema porque, infelizmente, o lixo traz doença, acumula água e tem dengue“, diz.
O QUE DIZ O DAAE
Segundo o DAAE (Departamento Autônomo de Água e Esgotos), a empresa responsável pela coleta de lixo domiciliar “vem apresentando problemas na execução do serviço, apesar de as obrigações financeiras da autarquia estarem em dia”. A autarquia informou ainda que deu “andamento a processos nas esferas administrativa e judicial para regularizar a coleta domiciliar na cidade“.
Procurada, a empresa Urban Serviços e Transportes LTDA, responsável pelo serviço na cidade, não foi localizada para comentar o assunto.

