No coração da Vila Xavier, tomado praticamente em sua totalidade por casas, está a Avenida Carlos Batista Magalhães.
Carlos Batista Magalhães foi um comerciante, fazendeiro e empresário de grande notoriedade em Araraquara no início dos anos de 1900.
“Ele foi um dos nomes que ajudou a levantar Araraquara depois do episódio do linchamento de Rosendo e Manuel de Brito, acusados de matar o coronel Antonio Joaquim de Carvalho”, afirma o historiador Hamilton Mendes.
Carlos Batista Magalhães foi muito importante para a organização urbana da cidade desde a segunda metade do século 19 até a construção da chamada nova Araraquara.
Como vereador propôs dar nome às ruas, que até então eram apenas numeradas. Também foi um dos fundadores do Clube Araraquarense.
“Para se ter uma ideia de sua importância, Magalhães foi um dos fundadores da Casa Bancária “Lara, Magalhães e Foz”, que juntou capital dos Barões do Café, para trazer a estrada de ferro até Araraquara”, reforça o historiador.
Carlos Batista Magalhães era carioca. Nasceu em Niterói em 1848. Viveu boa parte de seus anos na Morada do Sol e morreu em São Paulo 1934.
Em Araraquara, além da rua tem seu nome também é da Escola Carlos Batista Magalhães, que fica na Rua Gonçalves Dias. O prédio atualmente é a diretoria estadual de ensino.
Seu filho Carlos Leôncio Magalhães, conhecido como Nhonhô Magalhães, foi um fazendeiro abastado em Araraquara e ficou famoso por ter recebido, em 1924, o maior cheque emitido na história da república, no valor de vinte mil contos, ao vender a sua empresa “Companhia Industrial, Agrícola e Pastoril D´Oeste de São Paulo”, as Fazendas Cambuí, para um grupo inglês.
