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CotidianoCom fome, menino furta bolacha e é espancado por mãe na região de Araraquara

Com fome, menino furta bolacha e é espancado por mãe na região de Araraquara

Parente denunciou que PM parabenizou a mãe por educar a criança e que Conselho Tutelar não foi eficiente na condução. Menino e irmã foram retiradas da mãe e entregues aos tios paternos. 

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Um garoto de oito anos teria sido espancado por sua mãe, após ele furtar um pacote de bolacha de um bar, em São Carlos, por estar com fome. A violência aconteceu no último dia 5 de abril.

Segundo a família, a criança e a irmã, de 4 anos, são vítimas de maus-tratos. A Polícia Civil investiga o caso.

 A Polícia Militar informou que registrou um boletim de ocorrência e o Conselho Tutelar de São Carlos informou que orientou a família.

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De acordo com a reportagem do g1, uma parente da criança disse que o Conselho não foi eficiente na condução do caso e que a PM teria parabenizado a agressora, dizendo que melhor ela educar agora, do que mais velho o menino dar trabalho pra eles. A reportagem questionou a corporação sobre essa conduta, mas não obteve retorno.

Após as agressões, a parente disse que a mulher fugiu com os filhos para a cidade de Lupércio, na região de Bauru.

O Conselho Tutelar de Lupércio informou que foi determinado o afastamento das crianças da mãe e ambas estão com os tios paternos.

Informou ainda que o menino agredido irá passar por exame de corpo de delito nesta terça-feira (11) e que o caso foi encaminhado ao Ministério Público. A reportagem não conseguiu contato com a mãe.

Segundo a parente do menino, ele foi agredido em um bar pela própria mãe depois de furtar um pacote de bolacha alegando estar com fome. Após ver as marcas no corpo da criança, a parente chamou a Polícia Militar.

Nas imagens, é possível ver diversas marcas roxas pelo corpo do menino, principalmente no braço e nas costas. Não há informações sobre como as agressões ocorreram.

 

Garoto teria furtado bolacha em bar por estar com fome (Foto: Divulgação)

Em nota, a PM informou que foi até a residência da família atender uma ocorrência de maus-tratos e agressão. 

No local, um membro do Conselho Tutelar pediu que a criança fosse encaminhada à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Vila Prado e, por lá, orientou os policiais a chamarem a conselheira tutelar de plantão.

No pronto-atendimento, a PM disse que a conselheira tutelar de plantão não compareceu e foi registrado um boletim de ocorrência por agressão.

O QUE DIZ O CONSELHO TUTELAR 
A parente também disse que o Conselho Tutelar não foi eficiente na condução do caso, já que não compareceu ao local e, assim, a criança continuou com a mãe, que teria fugiu para outra cidade com os filhos.

Já o Conselho Tutelar informou que orientou os responsáveis pelas crianças, inclusive os tios, a buscarem o serviço de saúde para acolhimento da criança vítima de violência e solicitou a atuação da segurança pública no caso.

O conselho também informou que a família foi orientada a se reorganizar para que “outro familiar assumisse esses cuidados, até que os serviços técnicos da rede de atendimentos/proteção pudessem atuar e trabalhar fatores de risco e proteção, bem como avaliar família extensa e sua capacidade protetiva, e assim foi feito pois já havia novo parente organizado para isso”.

Além disso, o órgão informou que nenhuma criança ou adolescente precisa do Conselho Tutelar para ter seus direitos garantidos ou acesso aos serviços, que, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade o direito à vida.

Sobre o não comparecimento à UPA, o conselho informou que foi até o local, mas ao chegar lá, todas as partes haviam sido liberadas e não havia ninguém.

O conselho também disse que ficou sem entender o porquê da negativa de flagrante da polícia em prender a genitora da criança.

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