O Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgotos) afirmou que a paralisação da coleta domiciliar, na manhã desta quinta-feira (20), em Araraquara, “poderia provocar um caos social e ambiental”. A autarquia também informou que irá acionar o Ministério Público de São Paulo para “adotar as medidas legais cabíveis”.
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O departamento se manifestou publicamente após a paralisação de duas horas, que atrasou o início da prestação do serviço e foi organizada pelo Siemaco (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana).
A categoria denuncia as condições de trabalho, como caminhões sucateados, falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), jornadas excessivas, sem intervalos para descanso e almoço, e falta de funcionários. Há relatos, inclusive, de trabalhadores obrigados a triplicar a jornada de trabalho.
“Não aceitaremos que os trabalhadores sejam submetidos a condições precárias“, afirmou o Siemaco.
Para a Urban, terceirizada responsável pela coleta domiciliar no município, a paralisação não teve amparo legal e foi utilizada para impedir o trabalho dos motoristas e coletores. Segundo a empresa, o ato impediu a saída de oito dos nove caminhões e os coletores de iniciarem a jornada de trabalho.
Na avaliação da autarquia, a paralisação comprometeu a limpeza e a saúde pública na cidade, especialmente em meio a uma epidemia de dengue. “O Daae irá solicitar o amparo do Ministério Público do Meio Ambiente para adotar as medidas legais cabíveis diante da atitude do sindicato, que poderia provocar um caos social e ambiental. A autarquia entende que o representante sindical deveria ser orientado a procurar o Ministério Público do Trabalho para tratar de questões trabalhistas”, informou.
A coleta só foi normalizada após auxílio da Polícia Militar e negociação com o departamento jurídico da empresa. No momento, oito caminhões e dezenove coletores estão realizando o trabalho na cidade.
“Desde o fim de semana, a Urban tem trabalhado com um número maior de caminhões e coletores, deslocados de outras cidades da região, a fim de garantir a coleta de lixo na cidade”, destacou o Daae por meio de nota.
O Siemaco afirmou ainda que aguarda uma reunião com o Daae em busca de soluções.

