Trilhas, paisagens, cachoeiras, aventuras e muita poeira. Para quem é da turma do pedal, Araraquara oferece muitas opções na área rural com trilhas, das mais fáceis até as mais difíceis.
Seja em grupos de pedal ou de amigos, o ciclismo na cidade sempre rende bons passeios, além de ser uma atividade física das mais completas. Uma forma de conhecer a cidade e arredores sobre duas rodas e muita disposição.
Nesta sexta-feira (03) é comemorado o Dia Mundial da Bicicleta e a Morada do Sol tem, inclusive, a “Rota dos Ciclistas”, com itinerários no Assentamento Monte Alegre. São passeios permeados por cachoeiras e estabelecimentos rurais com pãozinho caseiro, bolos e sucos naturais.
BUENO DE ANDRADA
A trilha para Bueno de Andrada é uma boa para quem está iniciando no pedal. Tanto que crianças e até idosos também costumam pedalar tranquilamente até lá. Para recarregar a bateria ainda tem as famosas coxinhas douradas como recompensa.
Uma ótima pedida para conhecer o pequeno e charmoso distrito da Morada do Sol, que é cortado pela linha do trem e rende muita paisagem, como o pôr do sol e a bucólica igrejinha.
A ciclista Valéria Romanini Peres, tem 45 anos e pedala há seis anos na região de Araraquara. Ela comentou que a trilha para Bueno é ideal para iniciante, que pode aproveitar a Cachoeira do Canão, além do entardecer.
“A trilha para Bueno é mais leve e legal para quem está começando, e ainda temos o privilégio de ver o pôr do sol voltando de lá, é realmente muito lindo”, apontou.
A trilha para Bueno de Andrada tem cerca de 20 quilômetros e ciclistas costumam se reunir no posto BR no Parque Tropical para o pedal.
PADOKA, ROTA DOS CICLISTAS E PONTO Z
Logo após o pedágio de Bueno de Andrada, começa a Rota dos Ciclistas do Assentamento Monte Alegre. Essa trilha já exige um pouco mais de preparo e ânimo do biker. São cerca de 40 quilômetros de Araraquara até a Padoka, uma dos itinerários preferidos dos ciclistas.
“Tem muitos lugares legais para ir após o pedágio de Bueno, Assentamento, indo para a Padoka também tem o contêiner, na rota dos ciclistas, e no lado de Motuca, mais para frente tem o Ponto Z. São espaços muito bacanas e legal de se conhecer e visitar” apontou a ciclista.
Mas uma coisa que todo ciclista não pode esquecer é de levar sempre uma câmara de ar, bomba de ar e remendos para o pneu. Pedras e buracos fazem parte da rota, e não é difícil um pneu murchar pelo caminho.
“Sempre temos que andar preparados, com uma câmara, bomba, e tem sempre alguém para ajudar, os ciclistas são muito unidos”, apontou.
CAMINHO PARA SILVÂNIA
Outro caminho bonito de se trilhar é para a cidade vizinha Silvânia, após o Assentamento Monte Alegre. São caminhos com seringueiras e árvores diversas. Um hangar particular com aviões também pode ser visto pela estrada.
“Indo para Silvânia tem um caminho de seringueiras e também tem um hangar, às vezes damos sorte de ver o avião para fora, é bem legal”, apontou.
Vanessa Gualdia, 42 anos, é diretora de escola e pedala há mais de dois anos e meio. Para ela, a bicicleta significa qualidade de vida e um meio de estar em contato com a natureza.
“Bicicleta é qualidade de vida, um meio de estar em contato com a natureza e sair da loucura estressante do dia a dia. Utilizo a bicicleta somente para lazer, mas está nos meus planos utilizá-la como meio de transporte, só não o faço porque tenho filhos pequenos”, apontou.
Vanessa já trilhou bastante pelas estradas da região de Araraquara: Ribeirão Bonito, Dourado e Trabiju e Analândia são rotas que costuma fazer.
A ciclista faz parte do grupo de pedal Tinkers de Araraquara. A cidade tem diversos grupos, inclusive noturnos.
“Temos trilhas mais técnicas que exigem um pouco mais de experiência do ciclista como as trilhas da usina Zanin, trilhas até a cidade de Trabiju, Dourado e Ribeirão Bonito. Mas também há muita opção para iniciantes”, contou.
Além dessas opções, a região de Araraquara tem muito destino para quem procura adrenalina e diversão.
Rotas para o histórico Casarão do Assentamento Bela Vista, para a Lagoa Azul, próxima ao Náutico e a para a Usina Zanin, são trilhas procuradas para quem prefere um pedal mais intenso.
“Eu amo pedalar para mim é equilíbrio e uma terapia. Operei o joelho voltei ao pedal não mais como antes , mas não paro nunca”, finalizou a ciclista Valéria.