O último domingo de janeiro (30) é dedicado ao Dia Mundial da Luta Contra a Hanseníase, em uma campanha batizada, simbolicamente, de “Janeiro Roxo”. A data foi criada para mobilizar a sociedade em torno da doença que, antigamente, era conhecida como lepra.
Segundo a dermatologista Jane Bombarda Pierini, da Unimed Araraquara, a importância do diagnóstico precoce é o principal recado a ser lembrado em relação à hanseníase. O Brasil é o segundo com o maior número de casos no mundo, atrás somente da Índia.
“A descoberta tardia pode deixar graves seqüelas, especialmente a incapacidade física com deformidades em mãos e pés, podendo levar também à cegueira”, explica.
Doença crônica infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, se multiplica lentamente e pode levar de cinco a dez anos para dar os primeiros sinais. A patologia afeta, principalmente, os nervos periféricos e está associada a lesões na pele, como manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, ressecamento e perda de sensibilidade.
Pessoas afetadas pela hanseníase são, freqüentemente, discriminadas e estigmatizadas, situação que repercute negativamente no acesso ao diagnóstico, além de violar direitos civis, políticos e sociais.
“A hanseníase não é altamente contagiosa e é transmitida por meio do contato próximo e freqüente com pessoas infectadas não tratadas. Ela tem cura e o tratamento oferecido reduz consideravelmente as chances de deficiência”, finaliza Pierini.