A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Araraquara deflagrou, na manhã desta terça-feira (06), um desdobramento da investigação sobre o comércio ilegal de defensivos agrícolas. Policiais Civis cumpriram mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em quatro cidades do Estado.
A investigação começou em abril desde ano, após uma carga avaliada em mais de R$30 milhões ser apreendida em um barracão na Vila São José, em Araraquara.
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Segundo o delegado da DIG, Fernando Teixeira Bravo, a investigação teve início em Valentim Gentil, na região de Votuporanga, após furtos e roubos de cargas de defensivos agrícolas em São Paulo e fora do Estado.
Ao longo das investigações, apuramos que se tratava de 14 crimes, entre roubos e furtos. Representantes de duas empresas vieram para cá e analisaram os produtos e levantaram a possibilidade de estarem adulterados”, explicou o delegado.
De acordo com o delegado, “o grande volume de material roubado e furtado indica que eles [criminosos] não tiveram tempo hábil para descaracterizar as embalagens, retirar o número de lote e descaracterizar o produto”.
As investigações apontaram que os suspeitos utilizavam cinco empresas em nomes de laranja para driblar a fiscalização. Elas eram responsáveis por comercializar os produtos com notas fiscais fraudadas na tentativa de dar falsa ideia de legalidade às mercadorias.
Nesta manhã, os policiais cumpriram seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Flórida Paulista, Limeira e Santa Cruz do Rio Pardo, além de Araraquara.
Também foram cumpridos dois mandados de prisão temporária em Flórida Paulista e Santa Cruz do Rio Pardo. São dois homens que foram apresentados nas delegacias locais e ficarão à disposição da Justiça.
“Dentre as pessoas que foram presas, está um contador que abria e fechava as empresas. Ele fazia a contabilidade de modo a evitar uma fiscalização, tentando esquentar a mercadoria e dar uma aparência de legalidade”, detalhou Fernando Bravo.
Ainda segundo o delegado, “pelo que ficou comprovado, a pessoa de Araraquara era a ponte entre os que cometiam o roubo e vendiam. Ele era o elo, mas não participa do roubo”, esclareceu.
A operação apreendeu documentos, celulares e mais de R$5 mil em dinheiro vivo. Outras três pessoas continuam foragidas.