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CotidianoDividir o pouco que tem com a vizinhança é o prazer de Margarete

Dividir o pouco que tem com a vizinhança é o prazer de Margarete

No bairro das Hortênsias, em Araraquara, ela ajuda a levar alimento, roupa e afeto para todos os moradores

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Margarete também faz parte da cozinha solidária do bairro onde mora: o Hortensias (Foto: Divulgação)

NOSSA GENTE  
Mesmo desempregada, a moradora do Jardim das Hortênsias, Margarete Aparecida Das Graças Delforno, de 51 anos, ajuda a levar alimentos, roupas e afeto para àqueles que precisam.  

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“Para mim, é importante saber que aquela família terá o que colocar na mesa para seus filhos naquele dia. Sempre ajudo com o que posso, se alguém precisa de um saco de arroz e eu tenho dois, eu reparto com a pessoa. Para mim, ajudar o próximo é um sentimento de missão cumprida”, conta ela. 

Margarete veio de São Paulo há nove anos, com o intuito de cuidar da mãe que tinha mal de Alzheimer. Após algum tempo, ela perdeu a mãe e viu sua filha se envolver com as drogas. 

Ao invés de se abater, Margarete ganhou forças e decidiu batalhar por suas netas – de 8 e 12 anos e pelos demais moradores do bairro onde mora, no Jardim das Hortênsias.  

“Primeiro eu conheci o grupo Sopa Solidária e me tornei voluntária. Com o tempo, percebi que as pessoas não precisavam apenas do alimento em si, mas de outras coisas e comecei a ouvir o que elas tinham a dizer. Desse modo, eu e o Jorge, responsável pelo grupo da Sopa, decidimos reativar a associação que existi no bairro. Cada um foi ajudando do seu jeito, um morador cedeu um espaço para fazer a sopa e armazenamos alimentos arrecadados e roupas, que ficam disponíveis para doação, durante a entrega da sopa”, explica.    

Margarete ajuda a vizinhança no Hortênsias (Foto: Divulgação)

A PANDEMIA
Em 2020, com a pandemia, Margarete perdeu seu emprego e passou a viver de bicos. Mas não foi a correria da vida que impediu que ela continuasse ajudando, afinal, ela não era a única, a vida de muitos ali havia mudado por completo.  

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Diante do aumento da necessidade das pessoas, o comerciante Ednan Delle Piagge, decidiu abrir uma cozinha comunitária, com a ajuda de Margarete. A voluntária responsável por ouvir a necessidade de cada um acabou percebendo que nesse período, além de alimentos, roupas, remédios e leite, as pessoas passaram a precisar de algo primordial: afeto. 

Ela então passou a visitar os moradores em suas casas, ouvir suas angustias, orar junto a eles e dar todo seu apoio, sempre a distância, claro.  

“Ao longo da minha vida, aprendi a ser forte e lutar pelo bem do próximo. Eu me viro fazendo bicos, passando roupa, mas nada me impede de ajudar. Não tenho palavras para descrever como é maravilhoso ver a alegria de um pai e uma mãe que terão comida na mesa ou o brilho nos olhos de uma criança quando recebe um brinquedo ou um agasalho”, explica.

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