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CotidianoEm Araraquara, enfermagem protesta em defesa de piso salarial

Em Araraquara, enfermagem protesta em defesa de piso salarial

Representantes criticaram decisão do ministro Luís Roberto Barroso, falam em desrespeito e cogitam greve
 

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Em Araraquara, enfermagem protesta em defesa de piso salarial (Foto: Guilherme Leal/CBN Araraquara)
Em Araraquara, enfermagem protesta em defesa de piso salarial (Foto: Guilherme Leal/CBN Araraquara)

 

 

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No último domingo (04), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o piso salarial nacional da enfermagem

Nesta quarta-feira (07), feriado da Independência, cerca de 50 profissionais da enfermagem de Araraquara se reuniram e se manifestaram contra a suspensão do piso em frente à Câmara Municipal e Prefeitura. 

Mesmo embaixo de chuva, por volta das 9h o grupo saiu em caminhada com cartazes até os hospitais da cidade, como a Maternidade Gota de Leite e Hospital São Francisco.  

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DESRESPEITO COM A CLASSE
Para o representante do grupo Gigantes da Enfermagem, Raimundo Fonseca Nunes, a decisão é um desrespeito com a classe que esteve na linha de frente no combate ao coronavírus. Ele relembrou o trabalho feito nos últimos dois anos.

“A categoria foi pega de surpresa, foi uma punhalada em nossas costas. A enfermagem é a maior força de mão de obra dentro da assistência da saúde. Estamos há mais de 30 anos lutando por reconhecimento, sempre estivemos na linha de frente, ainda mais na pandemia. Chegou o momento de sermos reconhecido, uma lei foi aprovada e agora um ministro vem querer barrar um direito tão essencial para uma categoria tão importante para a sociedade brasileira”, apontou. 

 

GREVE
O representante diz que os enfermeiros estão de luto e que há grande possibilidade de greve dos funcionários.

 

“Estamos mobilizando o Brasil inteiro, isso é só uma parte. É apenas o começo, se essa liminar permanecer, vamos entrar em greve geral sim. Não é certo o que estão fazendo com a gente, e  muitos colegas estão sofrendo represálias em instituições privadas, sendo ameaçados de demissão. Mas somos fortes  e não vamos recuar nunca”, reforçou. 

 

SINDICATO
A técnica de enfermagem e diretora do Sisma, Sueli Schodeler,  fala que o papel do sindicato é apoiar o trabalhador nesta luta de classe. Ela também criticou a decisão do ministro Barroso.

“ É uma luta de classe e é papel do sindicato apoiar , é ridículo o que acontece com a categoria”, frisou.

Com a aprovação lei, a remuneração mínima da categoria passaria a ser R$ 4750 para enfermeiros , sendo que 70% desse valor para técnicos de enfermagem 50% para auxiliares de enfermagem. 

O cientista político da CBN Araraquara, Bruno Silva levantou alguns questionamentos sobre a suspensão do piso. 

“Quando um ministro suspende essa questão do piso, ele justifica que não ficou claro para ele o impacto financeiro ao orçamento da União e a questão de uma possível demissão em massa.  Porque aumentando dessa maneira os salários pode fazer com que os hospitais demitam os enfermeiros trazendo sobrecarga ao trabalho” , observou. 

E emendou: “É legítimo que eles lutem por um aumento que já foi aprovado em lei, assim como é legítimo o ministro exigir que se mostre de onde vai sair o impacto financeiro ”. 

 

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