Um dos trechos mais problemáticos com acidentes fatais de trânsito em Araraquara fica na Rodovia Antônio Machado Sant´Anna, a SP 255.
De dezembro de 2020 a fevereiro de 2022 foram 36 mortes no trecho que dá acesso a Rodovia Abdo Najn, e ao pontilhão com acesso à rodovia José Barbante Neto, ligando a SP 255 a Américo Brasiliense .
Os dados são do Infomapa, sendo que colisões lideram os motivos, e os automóveis foram os veículos com mais registros nesse período.
Na última quarta-feira (08), o apresentador Tiago Cequetto Baldassari, 31 anos, foi vítima de uma colisão entre o carro que dirigia e um caminhão neste local.
Alguns metros adiante, o jovem motociclista Gian Pomiato Galvão, de 20 anos, seguia para o trabalho em uma moto Honda/CG 150, quando acabou colidindo na traseira de um caminhão de cana.
No momento da colisão, o trânsito estava lento e a pista parcialmente fechada, por conta do acidente que vitimou Tiago, filho do jornalista Baldassari.
Em entrevista à rádio CBN Araraquara, o instrutor de trânsito do SEST/SENAT de Araraquara, Rogério Castro, ao acidentes acontecem mais no período da tarde e noturno.
Segundo Castro, embora a pista seja plana e sem curvas acentuadas, o cansaço da volta do trabalho, desatenção e a imprudência podem ter relação em alguns acidentes.
“Normalmente as condições da pista estão boas e clima também, mas mesmo assim acidentes acontecem, neste período da tarde é um momento que a maioria está voltando do trabalho e muitas vezes cansada e com estresse do dia. Assim acabam se distraindo e excedendo em velocidade”, apontou Castro.
PERFIL DAS VÍTIMAS
Segundo Castro, o perfil das vítimas é variado, mas geralmente são homens adultos de idade média.
“O perfil é bem variado das vítimas, mas geralmente é homem, adulto de média idade e porém todos estão sujeitos a esse tipo de risco. Os mais velhos são mais tranquilos na direção e jovens mais afoitos”, disse.
FALHA HUMANA E IMPRUDÊNCIA
Castro reforçou que a maioria dos acidentes é causada por falha humana, principalmente em casos de ultrapassagem com imprudência.
“A maioria dos acidentes são causados por falha humana no sentido de imprudência, no caso das colisões e ultrapassagens, é o motorista fazendo ultrapassem em momento inadequado ou local proibido. Um outro fator é o uso do celular, isso gera muito acidente porque tira a atenção do ato de dirigir, e o motorista perde tempo de reação. Assim como beber e dirigir”, refletiu.
O instrutor reforçou que a imperícia, ou seja, não ter prática no volante aliada a ter um mal súbito também acontecem, embora sejam mais difíceis.
Para ele, mais importante do que aumentar a sinalização e radares, é a mudança de comportamento do condutor.
“Mesmo existindo semáforos e radares os acidentes continuam devido ao comportamento do motorista, os condutores precisam ter mais consciência de seus atos”, conclui.