As chamadas dores crônicas são quadros clínicos geralmente associados a uma variedade de situações e até mesmo outros tipos de doença. Porém, o fisioterapeuta Felipe Fantacini Masiero alerta que essas condições se tornam mais intensas durante o frio, pois ocorre um aumento da tensão muscular a fim de evitar a perda de temperatura, acarretando contraturas musculares.
“No inverno, as pessoas também diminuem ou param completamente de praticar atividades físicas, o que é prejudicial para quem tem dor crônica, pois o corpo desses indivíduos precisa estar em constante movimento, principalmente para que o cérebro entenda que o corpo é capaz de fazer movimentos sem sentir dor”, explica.
Masiero ainda alerta que embora não exista uma regra geral sobre com qual parte do corpo as pessoas devem se preocupar, o frio pode levar a um agravamento da situação em pacientes que já possuam alguma doença pré-existente, como por exemplo, a fibromialgia, osteoporose, lúpus eritematoso sistêmico, artrite e qualquer outro tipo de doença reumática.
Diante desse cenário, o especialista explica por que a fisioterapia é uma das formas de aliviar o problema. “Após uma avaliação completa é possível determinar exercícios específicos para cada tipo de patologia. Lembrando que se trata de um tratamento gradativo, onde as atividades são administradas conforme os limites e capacidades de cada indivíduo, para que não haja um tensionamento indevido da musculatura”.
Já entre as formas de prevenção de dor mais efetivas, Masiero aponta em especial a realização de atividades físicas de forma regular, pois um corpo sedentário é capaz de retrair toda a musculatura, “um fator de risco extremamente agravante, principalmente para os pacientes que já sofrem com quadros de dores crônicas”.