Uma cachaça local e artesanal é fabricada há anos pela família de João Salvino, comerciante de 82 anos, de Américo Brasiliense.
O comerciante iniciou no ramo por hobby e hoje seu filho Claudinei, 55 anos, é a segunda geração que está à frente do ramo etílico J.J.
O processo é artesanal, a cachaça fica um ano em tonel de jequitibá e depois é comercializada em bares de bairros da cidade e da região.
HOBBY CERTO
O comerciante contou que tudo começou como um hobby de seu pai, seu João. “Começou como um hobby, meu pai foi gerente da usina Maria Isabel, da fazenda Alpes em Santa Lúcia, na década de 60. Ele começou a fabricar, ofereceu para amigos, parentes e assim foi se espalhando no boca a boca e começaram a aparecer clientes”, disse.
Com o tempo, a família foi se especializando em cursos de cachaça e aprimorando o processo.”Fomos nos especializando com cursos, a cachaça é macia e tem qualidade. Fica em tonéis de umburana”, avaliou.
Cachaça Umburana, de Carvalho, Pura (branca), de canela e de mel estão no cardápio da família.
BRANQUINHA TRADICIONAL
O público principal da cachaça está em bares. Não há uma loja física nem site, a venda é feita de porta em porta por Claudinei, que cuida da parte comercial e de vendas. Um modelo tradicional de se fazer negócios. Já o seu João, é o responsável pela fabricação nos alambiques.
“Vou de bar em bar e também atendo pelo whatssap, fico com a parte das vendas. Já meu pai que faz as cachaças”, apontou.
Além de Américo Brasiliense, a cachaça circula em Santa Lúcia, Rincão, Araraquara e outras cidades da região.
Mas São Paulo e Rio de Janeiro já entraram na rota etílica, inclusive uma escola de samba não fica sem a “branquinha” de Américo Brasiliense.
“A cachaça vai para São Paulo e já chegou até em escola de samba no Rio de Janeiro , um amigo da cidade toca na bateria da escola Império Serrano, e a cada 15 dias ele levava para o pessoal. Mas os bares de bairros são os principais clientes”, encerrou.