Fim de aula, hora do almoço. A estudante Jenifer*, de 17 anos, ansiava chegar em casa em uma véspera de feriado, no dia 18 de junho.
Estudante de uma escola pública no Selmi Dei, em Araraquara, ela pegaria uma linha de ônibus escolar – como de costume – para deixá-la em sua casa, no entanto, uma cena chamou sua atenção. Uma mulher, acompanhada de seu esposo, discutia com o motorista na porta do coletivo.
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“Ela começou a xingar ele, e passou a filmar. Ela gritava: você é um irresponsável!”, relembra Jenifer.
Ao pedir licença para adentrar no veículo, Jenifer acabou encostando sua mochila na desconhecida. Logo, a mulher acabou redirecionando sua atenção à estudante e a surpreendeu com agressões físicas.
“Ela me bateu por trás, alegando que eu a empurrei. Não gostei que ela me tocou e fui perguntar porque ela me bateu, nesse momento, ela veio até mim e arranhou meu pescoço e arrebentou o meu colar”, contou Jenifer. “Fiquei sem reação, nervosa, pensei: ‘nossa uma mulher me batendo do nada?'”.
Descontrolada, a mulher acabou contida por funcionários da escola, mas, foi embora logo em seguida com o companheiro.
Jenifer também foi acudida e orientada pela direção escolar a fazer o registro da ocorrência. Acompanhada da mãe, Marta*, 44, a estudante procurou a Polícia Civil para registrar o caso e foi encaminhada, inicialmente, a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para realizar o exame de corpo de delito.
“Se ela fez isso com minha filha, você não acha que pode fazer com outras alunas?”, questionou Marta.
Uma semana após o ataque, as marcas de arranhões começaram a desaparecer. Enquanto isso, o que ficou foram as marcas emocionais e o medo de encontrar com sua agressora novamente.
“Fico com um pouco de medo de voltar a pegar ônibus depois do que aconteceu, foi uma situação muito desagradável”, finalizou Jenifer.
*Nomes fictícios foram usados na reportagem. As identidades da estudante e da mãe foram preservadas por questões de segurança e medo de represálias

