O jovem João Alécio Virgílio Junior, de 23 anos, que ficou conhecido como o genro de Araraquara, relatou que está isolado desde que os vídeos íntimos entre ele e o sogro passaram a ser compartilhados nas redes sociais. Ele, inclusive, procurou a Polícia Civil para registrar um boletim de ocorrência pela divulgação das imagens sem o seu consentimento.
Ao acidade on, o advogado Marcos Roberto Freire disse que um inquérito foi instaurado para investigar o caso, além de outros crimes que não foram mencionados. Segundo ele, os vídeos foram usados como chantagem para que o jovem não deixasse a família.
Juninho Virgílio, como se apresenta, disse que foi vítima de ameaças, chantagem e pode ter sido dopado com ansiolítico em um dos vídeos em que aparece ao lado do sogro no motel.
“Sim, fui dopado. A mulher dele toma remédio controlado e eu tenho certeza que ele pegou dela, que é remédio para dormir. Eu tenho várias provas contra ele, me ameaçando, me chantageando, falando que vai me matar, que vai mandar alguém me matar”, disse o jovem em entrevista à TV Morada do Sol, publicada na íntegra na última terça-feira (28).
O jovem afirmou ainda que o sogro tinha uma obsessão por ele e que, começou a ser chantageado, após ser gravado com uma garota de programa em um motel, durante uma briga com a esposa.
“Aquela vez, eu fui mesmo para esfriar a cabeça. Então, através disso, ele começou a usar a prova contra mim: ‘se você não for, eu vou falar que aquele dia fui eu, você e a menina’. Foi onde a minha vida começou a ficar deselegante, desagradável, com medo também de perder ela. Foi através disso que ele começou a me chantagear”, contou na entrevista.
“Eu entrava num constrangimento total, medo disso, medo daquilo, de perder a própria vida, medo de perder meu filho, meu filho crescer sem pai. Então minha cabeça ficava pirada nessa situação e foi onde aconteceu tudo isso”, completou.
Virgílio relatou que teve uma vida sofrida desde que começou a se relacionar com a filha do ex-sogro, com quem tem um filho. O casal, porém, não estava mais junto quando o conteúdo foi divulgado.
O genro acusou o sogro pela divulgação das imagens e disse que, desde então, está abalado emocional e psicologicamente.
“Ela [a ex-mulher] é ciente de tudo isso que vem acontecendo. Eu não estava mais com ela e esse Facebook foi ele mesmo que criou para poder denegrir a minha imagem e querer conseguir tentar ferrar com a minha vida”, afirmou.
O jovem disse ainda que não sabe como será a sua vida daqui para frente após a exposição, mas que deseja voltar a trabalhar e que o sogro pague pelo que fez.
“É um momento muito difícil da minha vida porque nunca aconteceu isso comigo. Então, eu venho dizer que minha cabeça ainda não está boa psicologicamente, como eu falei. Espero ter oportunidade, sim, lá na frente de conseguir um emprego novo, de conseguir retomar a minha vida normal, como eu sempre vivi […] De verdade, eu não pretendo ser famoso, nem nada, nem quero nada disso. Quero ter uma vida normal e digna. Me apegar em Deus”, concluiu a entrevista.
O acidade on procurou pelo sogro, mas não obteve retorno. Em caso de posicionamento, esta reportagem será atualizada.
RELEMBRE O CASO
O caso de uma suposta traição envolvendo o marido e o pai de uma moradora do bairro Vale Verde, na região Norte de Araraquara, ganhou repercussão nacional e tornou-se um dos assuntos mais comentados do país na semana passada.
O caso veio à tona na última segunda-feira (20) após o vazamento de vídeos nas redes sociais, o incêndio de um carro e uma agressão.
Na ocasião, um homem de 45 anos foi agredido e um carro foi incendiado durante um desentendimento familiar. Segundo o relatório policial, o homem teria ateado fogo no carro do genro, e testemunhas relataram, inclusive, que eles teriam envolvimento amoroso.
No dia seguinte à ação, diferentes publicações mencionavam o caso nas redes sociais, e até mesmo grupos foram criados nos aplicativos de mensagens WhatsApp e Telegram para o compartilhamento dos vídeos da suposta traição e prints atribuídos aos dois envolvidos.