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AraraquaraCotidianoHomem é condenado a 25 anos de prisão por esfaquear sete vezes a ex-namorada em Araraquara

Homem é condenado a 25 anos de prisão por esfaquear sete vezes a ex-namorada em Araraquara

Gleybson José Xavier da Silva foi preso em flagrante pela Polícia Militar após esfaquear sete vezes a ex-namorada no Vale do Sol

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Réu por tentativa de feminicídio e descumprimento de medida protetiva, Gleybson José Xavier da Silva, de 25 anos, foi condenado pelo Tribunal do Júri a 25 anos e 10 meses de prisão em regime fechado, na última terça-feira (22), no Fórum de Araraquara.

Em junho do ano passado, ele foi preso em flagrante pela Polícia Militar após esfaquear sete vezes a ex-namorada, 23, no Vale do Sol. Os golpes atingiram o nariz, a mão e o peito da vítima.

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Ele foi acusado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e condenado por tentativa de homicídio duplamente qualificado, com agravantes de feminicídio e motivo torpe.

Até então réu primário, Gleybson recebeu a pena de 24 anos e 10 meses de prisão pela tentativa de feminicídio, além de mais um ano por descumprir a medida protetiva que a ex já possuía contra ele.

A defesa do condenado foi procurada pelo acidade on e informou que não irá se manifestar sobre o caso.

TENTATIVA DE FEMINICÍDIO

Segundo a denúncia, Gleybson, que não aceitava o término do relacionamento, invadiu a casa da vítima e a esperou retornar do trabalho como manicure. Em seguida, cometeu o crime na presença dos dois filhos da ex, entre eles um bebê de um ano, fruto do relacionamento entre os dois.

De acordo com a investigação, a vítima conseguiu se defender, arremessou um televisor contra o agressor e correu por cerca de 200 metros até encontrar uma viatura da Polícia Militar e pedir ajuda. Ela foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levada à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Central.

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O homem foi preso em flagrante pela PM e, desde então, permanece detido na Penitenciária de Araraquara.

Para a advogada Miriã Rodrigues, que atuou como assistente de acusação do MP, a materialidade das provas periciais, o exame de corpo de delito e os relatos de testemunhas foram suficientes para a condenação do réu.

A advogada destacou que, além de vítima, a mulher tem uma história marcada por um ciclo de violência, que precisava ser rompido — incluindo um abuso sofrido aos 2 anos de idade, a perda da mãe para a violência doméstica e dois relacionamentos abusivos.

“A gente conseguiu mostrar que os ciclos de violência se repetem e só são modificados quando são quebrados. E ela teve coragem de romper este ciclo e resolveu buscar ajuda, procurar a polícia, uma advogada. Isso mostra que nada está perdido e que, embora haja muita impunidade, os agressores estão sendo punidos — e com penas muito altas”, afirmou.

Na avaliação da advogada, a pena surpreendeu e, embora isolada, cumpriu sua função pedagógica de mostrar que é possível romper ciclos de violência e que os agressores não ficam impunes.

“A gente vem de um histórico de violência, de um patriarcado que impera, mas estamos quebrando paradigmas, lutando para que isso seja transformado. A gente não pode desistir, tem que continuar lutando”, concluiu.

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Milton Filho
Milton Filho
Milton Filho é repórter da editoria de cidades do portal acidade on. Formado pela Universidade de Araraquara tem passagens pela CBN Araraquara, TV Clube Band e Tribuna Impressa. Acumula há quase 10 anos experiência com internet, rádio e TV.
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