A crise financeira enfrentada pelas Lojas Americanas poderá se refletir em Araraquara. A empresa tem débitos que somam mais de R$ 758 mil com pelo menos seis fornecedores da cidade, além da própria prefeitura.
No dia 19 de janeiro, a empresa enviou à Justiça do Rio de Janeiro, uma lista com 7,7 mil credores, que somam quase R$ 48 bilhões. A dívida é uma das cinco maiores da história do país.
Nesta lista apresentada pela empresa, constam prestadores de serviços de Araraquara, como oficina mecânica, empresa de refrigeração e de manutenção de equipamentos elétricos, além de fornecedores de queijos e laticínios.
VEJA TAMBÉM
Em meio à crise, Americanas fecha loja em shopping de Araraquara
Nova Europa tem concurso público com salário de até R$ 3 mil
De acordo com a relação, o maior valor, de R$ 329 mil, é devido a uma empresa de consultoria com sede no Jardim dos Manacás e na capital paulista. Já a prefeitura teria direito a receber R$ 78,51 – menor valor devido pela empresa.
Os fornecedores e prestadores de serviços estão localizados no Centro, Quitandinha, Jardim dos Manacás, Vila Suconasa e Vila Xavier. Segundo as Americanas, são dívidas com terceiros.
RELEMBRE
No último mês, a Americanas comunicou que foram detectadas inconsistências em lançamentos contábeis superiores a R$ 40 bilhões. O “rombo” fez com que a companhia pedisse recuperação judicial.
Neste contexto, o presidente, Sérgio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, decidiram deixar os cargos.
IMPACTOS
Segundo a AG Antecipa, empresa de Campinas que atua com antecipação de crédito, empresas afetadas pela recuperação judicial, como locadores de imóveis e fornecedores, podem enfrentar problema de caixa ao longo dos próximos meses.
“As pequenas e médias empresas, principalmente, que não estiveram capitalizadas para enfrentar este período sem pagamento, possivelmente vão enfrentar dificuldades futuras com caixa para pagamento de fornecedores e funcionários”, alertou o sócio, Alexandre Guimarães.
Para ele, as instituições financeiras tradicionais, bancos, deverão ficar mais seletivas na hora de analisar os pedidos de créditos por parte dos clientes. “O que observamos é que as taxas de juros já começaram a subir para estas linhas. Empresas com algum tipo de restrição deverão buscar auxílio em outras instituições para se manterem vivas e as empresas de fomentos terão um papel importante para ajuda-las neste período, tanto para manter as portas abertas, como manter os empregos”, completa.
LEIA MAIS
Escorpião: acidentes com o animal têm aumento; saiba como prevenir
