Em 30 dias, a Polícia Civil de Matão registrou cerca de 50 casos de estelionato envolvendo golpes virtuais. Clonagem de WhatsApp, boletos com códigos de barras alterados, sites falsos anúncios ou leilões estão entre os golpes mais comuns.
De acordo com o delegado Alfredo Gagliano, com as informações fornecidas pelas vítimas é possível encontrar a conta bancária beneficiada pela transação financeira, mas, nem sempre, o criminoso principal.
“Nós conseguimos chegar à conta, talvez, no cara que faça parte ou que receba uma quantia, mas no bandido não. Ele dá conta de laranja”, disse em entrevista à EPTV.
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Segundo o delegado, a situação preocupa porque os golpes têm atingido pessoas de diversas faixas etárias e condições financeiras. “Não tem classe social, não tem idade. Os bandidos migraram para a era da internet, são prejuízos muito altos. Estamos vendo todos os dias muitas ocorrências”, afirmou.
Ainda de acordo com o delegado, é muito difícil reaver o valor perdido porque o criminoso não utiliza a sua conta pessoal, mas, sim, a de um “laranja” ou uma conta fria.
Outra modalidade que tem sido bastante aplicada em Matão, segundo a Polícia Civil, é o golpe do celular quebrado. Nesse tipo de crime, o golpista se passa por alguém da família, relata que o celular quebrou e que está em uma loja para consertar e que precisa de dinheiro.
“Não mande dinheiro pelo WhatsApp, não mande dinheiro sem conversar com o filho, com o parente”, alertou.
COMO EVITAR OS GOLPES
- Nunca clique em links desconhecidos;
- Desconfie de grandes ofertas, oportunidades de compras ou brindes;
- Se for pagar com Pix ou boleto, verifique os dados antes de completar a operação;
- Nunca forneça seus dados pessoais;
- Vigie o seu mundo digital;
- Desconfie de tudo no meio digital;
- Sempre que for acessar um serviço digital, desconfie;
- Utilize senhas mais elaboradas e com variações de letras, números e caracteres diferenciados. Fuja de nomes de filhos, datas de nascimentos e nomes de ídolos e times de futebol.
- Altere suas senhas com frequência máxima de 30 dias;
- Evite se conectar em redes de Wi-Fi públicas, de restaurantes, hotéis e afins;
- Mude a senha do seu roteador doméstico. Não é a senha do Wi-fi, e sim do roteador físico;
- Em caso de suspeita de invasão, coloque o celular no modo avião e se desconecte de todas as redes de internet, como Wi-Fi e 4G.
PROCURE A POLÍCIA CIVIL
Segundo o delegado, vítimas de golpes devem procurar pela Polícia Civil para registrar Boletim de Ocorrência, levando informações que possam contribuir com a investigação, como salvar o endereço eletrônico ou informações sobre o golpista, anotar números de telefone do criminoso, salvar prints de conversas que teve com o golpista.
Em caso de transferência de dinheiro, a orientação é anotar a conta bancária a qual o valor foi enviado. (Com informações da EPTV)
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