Foi velado na manhã desta segunda-feira (27), em Matão, o corpo de Matheus Henrique Godói, de 22 anos. Ele ficou conhecido após se tornar o primeiro paciente do interior paulista a receber um transplante duplo de pulmão.
Cinco anos após o procedimento, Mateus Calera, como gostava de ser chamado, não resistiu a complicações causadas por um fungo e morreu na manhã do último domingo (26). Desde o início deste ano, ele estava internado no Hospital de Base de São José do Rio Preto.
Calera foi hospitalizado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no dia 3 de janeiro devido a problemas causados pela rejeição ao transplante. O jovem teve algumas complicações, como trombose pulmonar e três infecções, além de crises de ansiedade.
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“Após as infecções, ele pegou um fungo. Os médicos tentaram de tudo, mas o caso era irreversível”, contou a prima Débora Rigueiro ao g1.
Aos quatro anos, o jovem foi diagnosticado com fibrose cística. Ele estava na fila há um ano e meio quando recebeu os órgãos de um doador do Rio de Janeiro.
O procedimento foi feito em 15 de fevereiro de 2018 e durou 12 horas. Foi o primeiro transplante duplo do interior do Estado de São Paulo e o sexto realizado no hospital de São José do Rio Preto.
SONHOS
Matheus Calera quis realizar alguns sonhos. Um deles era rever a filha, que completou seis meses no domingo, o outro era se casar e ficar uma semana em casa com a família.
Porém, como a sua situação era delicada, o médico permitiu que a celebração fosse feita no hospital. Na sexta-feira (24), a esposa e a bebê, além dos pais adotivos, irmãos, tia e sobrinha se reuniram para realizar o sonho de Calera.
Ele sempre lutou muito pela vida, desde bebê passou muito tempo internado. Era um menino muito alegre que divertida todo mundo, tinha vontade de viver”, relembrou a prima.
“A gente conversou, assinamos os papéis, nos casamos, tiramos muitas fotos e deu tudo certo. Ele ficou muito feliz, todos nós. Foi um momento muito emocionante”, disse ao g1 a esposa Rafaela Pelegrino, que se casou oficialmente com o companheiro no hospital naquela tarde.
A DOENÇA
A fibrose cística é uma doença genética, crônica, que faz com que o corpo produza muco de 30 a 60 vezes mais espesso que o usual, podendo causar inchaço e inflamações nos pulmões e infecções como pneumonia e bronquite. (Com informações do g1)
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