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CotidianoMotoristas socorristas do SAMU pedem reajuste do salário-base em Araraquara

Motoristas socorristas do SAMU pedem reajuste do salário-base em Araraquara

Trabalhadores fizeram um movimento por valorização no início da noite desta quinta-feira (28)

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Motoristas socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Araraquara fizeram um movimento nesta quinta-feira (28) em busca de valorização profissional, exigindo da Prefeitura reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A manifestação ocorreu em frente à sede do órgão, na Vila Suconasa, e reuniu parte dos trabalhadores que estavam fora do horário de serviço.

O grupo explicou que fez diferentes tentativas de negociar uma melhoria no salário-base, que é considerado um dos menores da região, mas não obteve retorno do governo municipal. Segundo os trabalhadores, essa reivindicação se arrasta há seis anos, sem qualquer resposta.

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“Estamos lutando pelo salário-base devido a colegas que ficaram afastados e tiveram que se contentar com o benefício do INSS, pois não conseguem mais que isso. No dia a dia, durante os meses normais, recebemos adicionais de risco e insalubridade de 20%, o que ajuda a melhorar um pouco nossos salários”, disse Gilson Bento Pereira, um dos condutores socorristas.

O grupo procurou a administração e também conversou com alguns vereadores, que se dispuseram a ajudar, mas, de acordo com eles, as promessas não foram cumpridas.

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A principal reivindicação dos trabalhadores é a mudança da referência salarial de 41 para 87, o que representaria um aumento de cerca de 50%. Atualmente, os condutores socorristas ingressam na Prefeitura com um salário-base de R$ 1.870.

“Fizemos essa paralisação dos nossos extras para chamar atenção e eles lembrarem do nosso pedido. Que eles cheguem até a gente e mostre algo de concreto. Greve não faremos, pois sabemos da importância do SAMU para a população”, ressaltou Bento Pereira.

Os trabalhadores também enfatizaram que os motoristas socorristas desempenham mais do que a função de dirigir a ambulância, pois auxiliam no atendimento aos pacientes, realizam imobilizações, iniciam manobras de ressuscitação e oferecem o suporte necessário.

O grupo planeja continuar se manifestando para atrair a atenção do Poder Público. Nesta quinta-feira, devido à falta das horas extras dos trabalhadores, a Prefeitura teve que utilizar duas ambulâncias terceirizadas para transferir pacientes. Os trabalhadores argumentam que os valores gastos com a terceirização poderiam ser direcionados para atender às suas reivindicações.

Procurada, a Prefeitura afirmou que o atendimento do SAMU ocorreu normalmente nesta quinta-feira e que está acompanhando a mobilização dos condutores das ambulâncias. A administração municipal disse estar buscando “soluções para atender a demanda dos profissionais dentro da legalidade e da disponibilidade orçamentária do município”.

“Ressalta, portanto, que não houve alteração no atendimento das ambulâncias do SAMU com prejuízo à população. Nem haverá, já que a secretaria municipal de Saúde está tomando as medidas administrativas para garantir o pleno funcionamento dos serviços”, disse em nota.

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Walter Strozzi
Walter Strozzihttp://www.acidadeon.com/araraquara
Formado em Jornalismo pela Uniara (Universidade de Araraquara), Walter Strozzi é repórter no acidade on desde 2018. Anteriormente atuou na Tribuna Impressa, Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal e CBN Araraquara.
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