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AraraquaraCotidianoMP pede indenização de R$ 3 milhões após erro médico em mutirão de catarata na região

MP pede indenização de R$ 3 milhões após erro médico em mutirão de catarata na região

Das 13 pessoas que ficaram com problemas graves na visão, seis são de Matão; MP apontou uma série de erros que ocorreram dentro do AME de Taquaritinga

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O Ministério Público de São Paulo vai exigir da secretaria estadual de Saúde uma indenização de R$ 3 milhões devido aos erros médicos ocorridos no mutirão de catarata realizado em Taquaritinga, em outubro do ano passado. Das 13 pessoas que ficaram com problemas graves na visão, seis são de Matão.

Além do valor que será direcionado ao atendimento público de saúde de Taquaritinga, outros 12 pacientes também pediram indenizações, que variam de R$ 110 mil a R$ 130 mil, além de pagamentos mensais.

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O MP pediu ainda a suspensão das cirurgias de catarata na unidade até que todas as irregularidades sejam corrigidas, a prestação de serviço médico integral e permanente aos pacientes, transplante de retina nos casos possíveis ou próteses.

“O Estado precisa se conscientizar de que erros dessa natureza não podem se repetir. Vamos trabalhar para que o Estado ajude a resgatar a credibilidade que perdeu junto à população”, comentou o promotor de Justiça Ilo Wilson Marinho em entrevista à EPTV.

Nas 40 páginas da ação civil pública, o MP apontou uma série de erros que ocorreram dentro do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Taquaritinga, durante o mutirão de catarata do dia 21 de outubro, e que afetaram 23 pessoas, sendo que 13 delas tiveram perda total ou parcial da visão.

Segundo o MP, “houve falha na prestação de serviços de saúde pelo AME, que, além de não dispor da estrutura física adequada à realização das cirurgias, contou com equipe médica e assistencial que mudou protocolos institucionais de forma inadequada e cometeu graves erros, gerando consequências extremamente prejudiciais e irreversíveis aos pacientes atendidos no mutirão.

O relatório apontou que o antisséptico usado para limpar a pele dos pacientes foi confundido com soro e aplicado no globo ocular, provocando graves lesões, além da falta de treinamento dos profissionais, falha de comunicação e o não cumprimento dos protocolos estabelecidos pelo próprio AME.

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“Inclusive, já era público e notório que houve, evidentemente, um erro na troca de medicamentos. Também identificamos, em seguida, outro erro, que foi a falta de ação por parte do AME com relação a essa alteração informal promovida pela equipe médica nas cirurgias. Além disso tudo, identificamos uma falta de transparência por parte do AME no trato com os pacientes, em relação ao que efetivamente aconteceu”, pontuou o promotor.

Na época, o AME era administrado pela Santa Casa de Franca. Depois das denúncias, a secretaria estadual de Saúde assumiu a administração do ambulatório.

Procurado pela EPTV para comentar o assunto, o Governo de São Paulo ainda não respondeu. O inquérito da Polícia Civil ainda está em andamento. (Com informações da EPTV)

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