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CotidianoMPF apura risco de contaminação do solo em 'cemitério de vagões'

MPF apura risco de contaminação do solo em ‘cemitério de vagões’

Cetesb diz que material também pode contaminar lençol freático e fez determinações à Rumo; Empresa diz que manchas de óleo ‘não chegam a ser indicadoras de contaminação’

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MPF investiga local conhecido como "cemitério de vagões" em Araraquara por risco ambiental (Foto: Reprodução/EPTV)
MPF investiga local conhecido como “cemitério de vagões” em Araraquara por risco ambiental (Foto: Reprodução/EPTV)

  

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O Ministério Público Federal (MPF) questionou a empresa Rumo Logística sobre possível vazamento de óleo em vagões abandonados em uma área localizada no Jardim Zavanela, em Araraquara. 

O apontamento ocorre após vistoria da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) demonstrar que o material apresenta risco de contaminação do solo e lençol freático – um reservatório subterrâneo de água que forma nascentes de rios. 

O local, conhecido na cidade como cemitério de vagões, é usado para desmanche de antigas composições que deixaram de ser usadas na malha ferroviária. É possível encontrar vagões, locomotivas e diferentes peças espalhadas pelo terreno, muitas em mau estado. 

À EPTV Central, a concessionária Rumo informou que as manchas de óleo identificadas pela CETESB “não chegam a ser indicadoras de contaminação” (ver posicionamento completo).  

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CETESB apontou que óleo pode ter contaminado o solo em Araraquara (Foto: Reprodução EPTV)
CETESB apontou que óleo pode ter contaminado o solo em Araraquara (Foto: Reprodução EPTV)

 

CEMITÉRIO DE VAGÕES
Uma ação civil pública, aberta em 2015, discutiu uma destinação adequada para o material que estava no local. O acordo acabou assinado pela Rumo dois anos depois. 

“A Rumo fez no acordo o compromisso de apresentar relatórios semestrais, mas houve uma falha, o último relatório não foi apresentado, tem uma cobrança judicial e se apresentou parcialmente, algumas partes ainda estão ausentes”, disse o procurador da República Ígor Miranda. 

Agora, o MPF investiga se os vagões suspeitos de vazamento de óleo são os mesmos que deveriam ter sido retirados cinco anos atrás. 

“O cemitério continua lá e a demora na solução desse tema tem feito surgir outros danos possíveis, como a contaminação do lençol freático da região e a dengue decorrente do acúmulo de água parada”, afirmou o procurador.  

"Cemitério de vagões" em Araraquara é alvo de investigação do MPF (Foto: Reprodução/EPTV)
“Cemitério de vagões” em Araraquara é alvo de investigação do MPF (Foto: Reprodução/EPTV)

 

AVALIAÇÃO DA CETESB
Além do inquérito civil para investigar a situação, o MPF pediu avaliação da CETESB sobre possíveis danos para a CETESB, que fez uma vistoria no local. 

O órgão constatou durante inspeção que peças metálicas e velhos tanques de combustível estavam em contato direto com o solo. Também foram encontradas uma grande mancha e forte cheiro de óleo. 

Com isso, foi feito um auto de infração e a CETESB determinou que a empresa tome providências. Além disso, aplicou uma multa em cerca de R$ 20 mil. A empresa pode recorrer.

A CETESB cobrou que a empresa faça raspagem do solo onde estão os tanques e outras peças metálicas e armazenar a terra removida de forma adequada; e armazenar as peças em local adequado e apresentar um relatório à CETESB no prazo de 60 dias. 

FALA, RUMO!
Procurada, a Rumo informou que a equipe jurídica acompanha o caso, tendo recentemente recebido equipes da CESTESB para vistoria na área e que as manchas de óleo identificadas não chegam a ser indicadoras de contaminação. 

Disse ainda que equipes técnicas da empresa realizarão nos próximos dias a adequada destinação dos resíduos dos vagões tanques para posterior raspagem do solo. Sobre o acordo firmado em 2017, a Rumo esclareceu que os trabalhos estão em andamento e que a empresa envia periodicamente relatórios solicitados, sendo o último entregue em fevereiro. 

A Prefeitura de Araraquara disse ter conhecimento da ação e que aguarda a conclusão do inquérito.

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Walter Strozzi
Walter Strozzihttp://www.acidadeon.com/araraquara
Formado em Jornalismo pela Uniara (Universidade de Araraquara), Walter Strozzi é repórter no acidade on desde 2018. Anteriormente atuou na Tribuna Impressa, Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal e CBN Araraquara.
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