Para a empresária de Araraquara Grazielle Soares Mattos, de 33 anos, sentar ao redor da mesa no fim do mês ganhou um significado especial depois que a mãe dela decidiu instituir uma superstição gastronômica: o Nhoque da Fortuna.
Mesmo após o falecimento da mãe, a empresária continuou a comer o nhoque. Todos os dias 29 ela se reúne em jantares ou almoços com um grupo de amigos para realizar a simpatia.
“O grupo cresceu depois que minha mãe faleceu, ela fazia para nós desde meus quatro anos, e ai, depois que ela se foi a gente continua a tradição”, contou.

A crendice popular diz que, para ter prosperidade financeira no mês seguinte, os adeptos da tradição devem colocar notas de dinheiro ou moedas embaixo do prato de nhoque e consumi-lo nos dias 29 de todos os meses. Um pedido deve ser feito antes da primeira garfada.
Grazielle garante que dá certo. “É mais sobre prosperar, sobre nunca faltar e multiplicar trabalho, renda e coisas boas na vida, e todo mundo que faz sente isso”, contou.

Qual a história do Dia de São Pantaleão e do Nhoque da Fortuna
Baseada em uma antiga lenda italiana, a superstição é conhecida mundialmente. Segundo a história, São Pantaleão andava por uma aldeia em um dia 29, pedindo comida. Uma família humilde ofereceu nhoque, e após comer, ele deixou moedas de ouro debaixo de cada prato como forma de agradecimento e bênção.
“Minha mãe acreditava muito nisso, então virou uma tradição da minha família também, junto. Não é uma tradição só da minha família, na verdade é uma tradição que existe, e tem pessoas que acreditam e seguem, e minha mãe sempre seguiu”, finalizou.
