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O número de domicílios cresceu 44,46% em 12 anos, em Araraquara, de acordo com o Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Atualmente, a cidade concentra mais de 113 mil imóveis.
O percentual de crescimento contrasta com o aumento populacional, que ficou em 16% no mesmo período. A população de Araraquara, hoje, é de 242 mil habitantes.
Para o coordenador do Censo 2022, André Cavallieri, os dados revelam que o número de habitantes por domicílio diminuiu em mais de uma década. “Lá em 2010, a média era próxima a três [habitantes por imóvel]. Hoje, a média, em 2022, é de 2,6. Então, acreditamos que todos os programas de incentivo à casa própria aumentaram o número de domicílios”, pontuou.
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Entre os dois levantamentos, houve um crescimento de 35 mil imóveis em Araraquara.
Foi o caso do empresário Cláudio Dias, que considerou os juros atrativos para investir em um apartamento, considerando o retorno a médio e longo prazo.
“Era o objetivo comprar um imóvel; é o sonho de quase todo mundo. Por um tempo, não era realidade, mas surgiu uma boa oportunidade de negócio”, disse.
Para o gerente de house, Eduardo Ferrarezi, o aumento de novos domicílios pode ser explicado por dois fatores. “É um investimento mais palpável onde o consumidor consegue pegar. O fato da valorização do imóvel é outra coisa que conta bastante. Então, estas são as principais coisas que têm ocorrido no nosso mercado hoje”, pontuou.
Se o número de domicílios aumentou em 12 anos, por outro lado, 20 mil imóveis estão desocupados.
A explicação, para o professor de geografia, Rafael Gotardi, está na especulação imobiliária. “O setor imobiliário acompanha o crescimento populacional da cidade, mas de uma maneira especulativa. Ou seja, vai construindo casas e apartamentos esperando a valorização dos imóveis”, disse.
Outra explicação para este fenômeno está na “migração” de moradores de cidades vizinhas para Araraquara. O Censo 2022 mostrou que municípios, como Rincão, Santa Lúcia e Américo Brasiliense, perderam habitantes nos últimos anos.
“Somente a diferença entre nascimentos e óbitos não levaria a todo este crescimento [populacional] em Araraquara e alguns dados preliminares mostram que existe uma migração. O resultado ficou muito parecido com o que ocorreu a nível nacional: as capitais parecem que estão estagnando ou crescendo muito pouco, os municípios menores também, e os municípios de médio porte, como Araraquara, São Carlos e até Ribeirão, estão crescendo bastante”, concluiu.
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