Câmeras de monitoramento registraram a passagem de ao menos sete cães caçando outros animais pelas ruas do bairro Jardim Vitória. Segundo Kaila Medina, representante da ONG (Organização Não-Governamental) Rua dos Gatos, ao menos dois gatos comunitários morreram no período de 30 dias, vítimas dos ataques.
No dia 9 de setembro, os cães perseguiram e atacaram Branquinho, que foi socorrido pela vizinhança, mas não resistiu aos ferimentos. No dia 1° de outubro, o corpo de outra gata vítima da matilha foi encontrado mutilado, sem vida.
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No vídeo captado pela câmera de monitoramento, é possível ver o gato correndo pela rua, perseguido por sete cães. Ele tenta subir em uma árvore, mas é abocanhado e cai. Logo depois, os cachorros se reúnem e viram um cruzamento.
Segundo Kaila, a passagem da matilha geralmente ocorre de madrugada, entre 1h e 4h da madrugada. Os cães ficam soltos, sem tutores ou supervisão.
“Eles são bem agressivos, mataram o branquinho, e no quarteirão debaixo outra gatinha. Os moradores estão avisados, inclusive uma moradora, saiu de madrugada para espantar os bichos e evitar um terceiro ataque. Eles não atacam somente gatos, por publicações descobrimos outros 80 casos, entre o Jardim Vitória, Santa Lúcia, Sant’Anna e o Jardim Universal”, disse Kaila.
“Eles são animais de rua, cuidados por pessoas em situação de rua. Se o tutor não consegue se responsabilizar, é melhor que os animais sejam recolhidos e colocados para adoção. Queremos que parem as mortes dos animais, mas que esses também sejam cuidados e reintegrados de uma forma diferente. Queremos também o bem para eles, mas não que estejam na rua”, afirmou Kaila.
Ainda de acordo com a representante da ONG, o poder público foi procurado, mas nada foi feito.
“Fizemos a denúncia ao Bem-Estar Animal, nos deram um protocolo após muita insistência. A fiscal disse que foram feitas várias denúncias. Disseram que não podem fazer nada porque não tem espaço para recolhê-los. É um descaso com a situação, uma preocupação muito grande.”
Questionada sobre a situação dos animais, a prefeitura, por meio da subsecretaria de Bem-Estar Animal afirmou que a questão sobre os cães soltos está sendo resolvida junto ao MP (Ministério Público), pois os animais são de propriedade de pessoas em vulnerabilidade social.
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