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CotidianoPai e filho reformam Dodge que ficou 20 anos parado em Araraquara

Pai e filho reformam Dodge que ficou 20 anos parado em Araraquara

Amor por carros antigos foi passado de geração em geração; Bruno e Valdecir realizaram sonho de andar com Dodge depois de duas décadas

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Depois de duas décadas vendo o Dodge Dart Gran Sedan 1977 Vermelho Veneza parado na garagem, pai e filho conseguiram realizar, enfim, o sonho de reformar o carro completamente. O processo deu vida ao carro antigo, que encantará muitos admiradores no Brasil inteiro, e também ficou marcado na história da família. 

O técnico de manutenção hospitalar Bruno dos Santos, de 31 anos, cresceu vendo o amor do pai, o caminhoneiro Valdecir Aparecido dos Santos, 56, por carros antigos. Os dois sempre frequentaram encontros de carros antigos e já tiveram Maverick, Opala, entre outros modelos. O Dodge 77, porém, demorou mais de 20 anos para voltar a andar. 

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Em 1998, o antigo dono do Dodge trouxe o carro de Jundiaí para Araraquara. A intenção era vir com o carro rodando, mas em Campinas houve um problema de aquecimento e precisou vir com o guincho. “Quando chegou em Araraquara, foi direto para oficina, que fica perto da casa dos meus avós. Eu e meu pai vimos o carro parado na rua, estava muito bom mas com a pintura queimada. Meu pai quis comprar mas o antigo dono disse que iria restaurar”, conta Bruno. 

Durante dois anos, o carro passou por várias oficinas, com diversos profissionais como tapeceiro, funileiro, entre outros. Quando chegou a última etapa, porém, o carro ficou estacionado muito tempo na rua. “Nesse tempo todo, roubaram peças, trocaram o motor, até a chave conseguiram perder. Quando o antigo dono chegou para buscar, desanimou e disse que não iria mais gastar dinheiro com ele”, recorda. 

Na época, dois desmanches estavam interessados em comprar o carro para vender as peças, mas o antigo dono lembrou que Valdecir tinha demonstrado interesse no carro dois anos atrás. “Eu e minha família estávamos de férias, meu pai ligou para meu avô pelo orelhão, na época não tinha celular, e meu avô comentou que o dono queria vender. Meu pai não pensou duas vezes e pediu para meu avô fechar o negócio”, diz. 

Em 2000, Valdecir pagou cerca de R$ 1.500 pelo Dodge. Como o carro estava muito danificado, sem muitas peças e sem o motor original, acabou indo direto para garagem. “Na época, era muito difícil comprar peças antigas, hoje com a internet é mais fácil. Ainda é muito caro, mas mais fácil de encontrar”, explica. O carro ficou parado na garagem, um projeto adormecido para sair do papel na hora certa.   

A REFORMA 
Bruno, que na época tinha 11 anos, cresceu sonhando em andar com o Dodge. “Quando eu era criança, brincava no tapete de casa, que eu meu pai estávamos andando com o Maverick e o Dodge. Meu pai sempre me ajudou bastante na minha caminhada e, recentemente, vi que tinha chegado a hora. Vendemos um Opala que tínhamos, investimos mais um pouco de dinheiro, e começamos a reforma”, diz.

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A reforma demorou cerca de um ano e meio, refazendo parte mecânica, elétrica, estofamento e todos os outros detalhes, como vidros, fechaduras e lanternas. “Enquanto eu viajava a trabalho, meu filho foi atrás de tudo, correndo atrás das peças antigas e da documentação. Agora na etapa final, preparamos o motor juntos. Foi um orgulho para nós andarmos juntos com os carros, ele com o Maverick e eu com o Dodge. Depois de 20 anos, tivemos essa conquista”, conta Valdecir.

Bruno também ficou muito satisfeito de conseguir dar vida ao carro. “Depois de 20 anos consegui realizar o sonho meu e do meu pai, estou muito orgulhoso, com certeza vai alegrar a família e vamos levar nos encontros de carros antigos. Meus avós também se emocionaram bastante, quiseram tirar fotos”, finaliza Bruno.  
 
Quem ficou feliz em ver pai e filho trabalhando juntos na reforma do carro foi o aposentado Paulo dos Santos, 81, que é pai do Valdecir e avô do Bruno. “A reforma deu muito trabalho, foi preciso muita pesquisa atrás de peças e muita mão de obra. Acompanhei todo o processo e fiquei muito contente e entusiasmado quando eles trouxeram para eu ver. Fico feliz de saber que meus filhos e netos puxaram essa paixão por carros antigos de mim”, conta.

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