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CotidianoPetição pública pede que MP investigue desabastecimento de água em Araraquara

Petição pública pede que MP investigue desabastecimento de água em Araraquara

Documento foi assinado por 72 pessoas até o momento; Daae diz que tem trabalhado para garantir abastecimento

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Petição pública organizada pela internet pede que o Ministério Público de São Paulo investigue o desabastecimento de água que atinge Araraquara. Publicado na última quarta-feira (18), o documento foi assinado por 72 pessoas até o momento. (Confira a íntegra do texto aqui)

“Os munícipes que subscrevem esta petição vêm manifestar sua insatisfação com os serviços prestados pelo Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara), bem como solicitar a abertura de investigação, para análise das causas do crítico cenário de desabastecimento que atinge diversos bairros do município“, introduz o texto.

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A petição pede ainda a “adoção de providências administrativas e/ou judiciais que obriguem a autarquia a mitigar as consequências da escassez hídrica“, além de “apresentar um plano de gestão que acabe com o racionamento e evite a reincidência desse cenário.”

O texto questiona ainda o fato de o racionamento afetar apenas alguns bairros, enquanto “parte significativa da cidade usufrui da água disponível, sem qualquer prejuízo com desabastecimento.”

CORTES NO FORNECIMENTO

Nas últimas semanas, o Daae intensificou os cortes no fornecimento de água diante do aumento no consumo e do baixo nível dos reservatórios. O racionamento afeta diretamente 60 mil pessoas, que vivem em regiões abastecidas por água superficial, como Vila Xavier, Fonte Luminosa e bairros próximos.

Segundo a autarquia, o abastecimento nestes bairros está prejudicado devido à emergência climática, com significativa redução das chuvas e consequente baixo nível das represas.

Diante do cenário de crise hídrica, a petição questiona ainda porque não foram adotadas medidas preventivas, como a perfuração de novos poços e reservatórios, e interligação de redes de água.

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“Solicita-se a adoção das medidas necessárias para a avaliação do cenário descrito, exigindo os esclarecimentos do DAAE e, se for o caso, da Prefeitura, quanto às medidas adotadas e aos planos concretos para contornar e solucionar o problema de escassez hídrica, sem prejuízo aos munícipes”, encerra o documento.

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CRISE HÍDRICA

Diante das reclamações, o Daae informou que tem trabalhado para garantir o abastecimento em todos os setores atendidos por captações superficiais, evitando racionamento.

“Esta seca é a mais extensa e mais severa já vista no país, superando a estiagem de 2015, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais). O Daae tem realizado manobras para minimizar os impactos e monitora todo o sistema de captação e distribuição de água por meio de modernos equipamentos 24 horas por dia”, esclareceu o departamento.

O Daae também reconheceu que, por monitorar a situação dos reservatórios em tempo real, não consegue comunicar com antecedência a interrupção no fornecimento de água.

“Assim, a comunicação com muita antecedência é difícil de ocorrer, pois todas as variáveis de produção, reservação, consumo e manobras de outros setores são levados em conta, visando a manutenção do sistema de produção por maior tempo”, justificou.

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Milton Filho
Milton Filho
Milton Filho é repórter da editoria de cidades do portal acidade on. Formado pela Universidade de Araraquara tem passagens pela CBN Araraquara, TV Clube Band e Tribuna Impressa. Acumula há quase 10 anos experiência com internet, rádio e TV.
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