Araraquara não vai seguir o governo do Estado e vai manter opcional o retorno presencial às salas de aula. Somente as cidades que não têm conselhos de educação são obrigadas a seguir as determinações.
Até o momento, continuam em vigor as regras do decreto publicado no dia 18 de agosto. O entendimento é válido para as escolas das redes pública e privada da educação básica, ensino técnico e superior.
O retorno com 100% da capacidade já é permitido, desde que as unidades tenham condição de garantir o distanciamento de um metro entre os alunos, além de respeitar todos os protocolos sanitários, como o uso obrigatório de máscaras.
O decreto também determina que os alunos que decidirem frequentar as aulas estão sujeitos a realização de testagem. Quem se recusar, fica proibido de comparar presencialmente.
Na última quarta-feira (13), o governador do Estado, João Dória (PSDB), determinou o retorno obrigatório, mas somente 24% do total de escolas conseguem garantir o distanciamento de 1 metro exigido pelas regras de combate à Covid-19 – 1.251 das 5.130 unidades.
Nas demais, onde isso não é possível por falta de espaço físico, as aulas presenciais só voltam a ser obrigatórias para todos os estudantes em 3 de novembro.
Hoje em entrevista ao Manhã CBN, o pesquisador da USP e membro da rede pesquisa solidária, Luiz Cantarelli, destacou que esta flexibilização deveria estar associada a protocolos mais rígidos de prevenção, como a distribuição de máscaras de maior qualidade, preocupação maior com a ventilação, com a limpeza de superfície e a aferição de temperatura.
Segundo o governo do Estado, 97% dos profissionais da educação estão com esquema vacinal completo, e 90% dos adolescentes de 12 a 17 anos já tomaram a primeira dose da vacina.
Luiz Cantarelli disse que não existe protocolo perfeito e que é esperado um aumento de novos casos de Covid-19, mas que a vacina tem se mostrado eficaz na prevenção de quadros graves da doença.
“Você pega crianças que estavam em regime de alternância, em casa, e os protocolos são flexibilizados, o contágio vai aumentar, não tem como escapar disso. Pode ser que o avanço da vacinação contenha um poucos as hospitalizações, os agravamentos dos casos. Ou seja, o aumento dos casos não seja refletido nas estatísticas oficiais por conta dos assintomáticos”, finaliza.