O homem preso em Araraquara, na manhã desta terça-feira (24), suspeito de fabricar armas de fogo com impressora 3D, agia sozinho e fabricava por conta própria, segundo o delegado da Polícia Federal, Luiz Carlos da Silva Junior.
Ele foi preso em flagrante durante o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão na cidade. A idade do suspeito e os locais alvos da operação não foram divulgados.
“Ele tinha certo know how, conhecimento a respeito do uso de ferramentas, de impressora 3D. Não havia, a princípio, fornecimento para facções criminosas, mas é uma situação clandestina, que justifica uma prisão em flagrante”, disse o delegado em entrevista à EPTV.
Segundo as investigações da DELEPAT (Delegacia de Repressão a Crimes contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas), o suspeito integrava um grupo em aplicativos de mensagens, que compartilhava informações sobre o processo de fabricação artesanal de armas com dezenas de estrangeiros.
Em um dos locais da operação, os agentes da PF apreenderam materiais bélicos, incluindo uma submetralhadora em processo de fabricação artesanal e diversas munições.
A INVESTIGAÇÃO
O delegado explicou que a PF deu início às investigações após ser comunicada pela Espanha sobre a fabricação clandestina de arma de fogo no Brasil, promovida e difundida em grupos de WhatsApp e Telegram.
“Através disso, fizemos diligências iniciais, pedimos autorização ao ministro de Justiça à época para que pudéssemos investigar. Conseguimos localizar alguns indivíduos, dentre eles o de hoje. Na ocasião identificamos arma de fogo sendo fabricada por meio de impressora 3D, bem como munições”, lembrou.
A ação desta manhã foi realizada pela FICCO/RJ (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado). O órgão é composto pela Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro e tem o objetivo de enfrentar o crime organizado no estado do Rio de Janeiro.
O material apreendido será periciado. O homem, que não tinha antecedente criminal, foi levado à Delegacia da PF de Araraquara e ficou à disposição da Justiça.
A partir desta operação, a PF deve fazer outras diligências para apurar o envolvimento de outras pessoas no crime. “A intenção é a gente continuar investigando para apurar tantos outros elementos, tantas outras pessoas, fazendo essa fabricação clandestina de arma de fogo”, concluiu. (Com informações da EPTV)