Os dois homens presos pela Polícia Civil de Américo Brasiliense, na manhã desta terça-feira (30), ficaram em silêncio e não responderam aos questionamentos do delegado Jesus de Nazaré Romão. Eles foram presos durante Operação Country, que investiga dois assassinatos que aconteceram na cidade em abril e maio deste ano.
Os mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão foram cumpridos no Jardim Maria Luiza e Luiz Ometto, mesmos bairros em que os crimes foram praticados.
Os suspeitos foram conduzidos à Delegacia da Polícia Civil, permaneceram em silêncio durante depoimento e foram levados à Cadeia de Santa Ernestina.
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A Operação Country, que teve apoio de policiais civis de Araraquara, Boa Esperança do Sul, Motuca, Rincão e Santa Lúcia, tem este nome porque um dos suspeitos leva o nome de um cantor de country americano.
DAS PRISÕES
Um dos presos, de 21 anos, é suspeito de esfaquear e atropelar Aldo da Silva, de 40 anos, no dia 28 de abril, no bairro Luiz Ometo. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital municipal “José Nigro Neto”.
Segundo o delegado, Jesus de Nazaré Romão, o crime foi motivado por vingança. “Desde o início, tínhamos o apontamento de quem seria o autor, só não tínhamos as provas suficientes para indicá-lo como o principal suspeito. Conseguimos as provas e o mandado de prisão temporária para que as investigações continuem com ele preso […] O que temos, até em então, é que foi por conta de um celular que a vítima teria subtraído do autor. O suspeito apareceu lá, teria encontrado o celular e, por conta disso, teria dado alguns golpes de faca na vítima”, esclareceu o delegado.
Já o segundo preso, de 33 anos, é suspeito de executar Gecivaldo Almeida Lima, 34, em um bar, no Jardim Maria Luiza, no dia 6 de maio. A vítima estava no estabelecimento comercial quando foi atingida pelos disparos.
Mas, de acordo com Romão, a motivação ainda não foi esclarecida. “Existe até um vídeo em que ele aparece fazendo as imagens. Então, ele é o principal suspeito […] Ainda não temos a informação sobre a verdadeira motivação. Existem várias vertentes levando para uma motivação ou outra, por isso não queremos adiantar algo para não prejudicar o andamento de investigação”, justificou.
Os investigadores ainda devem ouvir testemunhas, vizinhos e parentes das vítimas para reforçar a suspeita de autoria. Apesar dos mandados de busca e apreensão, as armas dos crimes não foram encontradas, com exceção da moto utilizada no atropelamento que foi apreendida.
“É muito importante para nós encontrarmos estas armas não só para efeito de materialidade, perícia, de prova material, mas para tirá-las de circulação”, concluiu.
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