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AraraquaraCotidianoProfissões: confira os araraquarenses que se destacaram em suas atividades

Profissões: confira os araraquarenses que se destacaram em suas atividades

De alfaiates à família de caratecas, Araraquara têm profissionais únicos e com trajetórias exemplares

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Seu Ademar Santos trabalha como alfaiate em Araraquara há mais de 50 anos (foto: Amanda Rocha)
Seu Ademar Santos trabalha como alfaiate em Araraquara há mais de 50 anos (foto: Amanda Rocha)

 

Araraquara é a morada de diferentes tipos de profissionais, que se destacam e são exemplos no que fazem. De alfaiate à família de karatecas, confira quem se destacou nas matérias de 2022 do portal acidadeon.  
 

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ALFAIATES: CONHEÇA OS RAROS PROFISSIONAIS DA MORADA DO SOL 
Eles trabalham criando peças masculinas exclusivas, como ternos, calças, camisas e paletós.  A alfaiataria é uma das profissões mais antigas do mundo , porém a profissão é rara nos dias atuais. Em Araraquara, a reportagem do acidadeon conversou com dois profissionais do ramo. 

Seja produzindo roupas artesanais ou consertando calças, entre outras vestes, os alfaiates costumam trabalhar em ateliês próprios ou em grandes lojas de confecção e departamento, no conserto de peças. 

 

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O alfaiate Ademar Santos, de 82 anos, é um profissional que viveu a época de glória da profissão em Araraquara, nos anos 60.  

 Santos começou como aprendiz com apenas oito anos de idade em Jaú, sua terra natal. Ele contou que seu pai o levou ao alfaiate da família e pediu que aprendesse a profissão.
 

“Ele queria que eu aprendesse uma profissão desde cedo. É a profissão mais difícil que tem porque você precisa ter paciência. Em primeiro lugar você tem que gostar e eu gosto. É o ponto principal”, diz. 

 

Geraldo Rodrigues Santos é um dos raros alfaiates de Araraquara (Foto: Amanda Rocha)
Geraldo Rodrigues Santos é um dos raros alfaiates de Araraquara (Foto: Amanda Rocha)

O alfaiate e costureiro Geraldo Rodrigues dos Santos, de 70 anos, sempre foi apaixonado por tecidos. 
Ainda pequeno já passava roupas e observava encantado o ziguezague das máquinas de costura de uma vizinha.   

“Eu sempre ouvia o som da máquina e o tecido se movimentado, aquilo me fascinava”, relembra.

 

PROFISSÃO EM EXTINÇÃO: AMOLADOR DE FACA 
Uma profissão rara, mas, que ainda é vista pelas ruas de Araraquara: amolador de facas. Diariamente, José Ângelo da Silva, o Alagoas, percorre vários bairros da cidade em busca de clientes para amolar tesouras, alicates e facas.

Aos 77 anos de idade, ele se dedica à profissão há 40 anos. Pela manhã, ele sai a pé de sua casa, no Jardim Martinez, em direção à Vila Xavier, seu ponto de partida.  

 

Alagoas percorre diversos bairros de Araraquara (foto: Amanda Rocha)  
Alagoas percorre diversos bairros de Araraquara (foto: Amanda Rocha)  

“Cada semana eu faço um bairro. Trabalho seis dias por semana, de segunda a sábado, das 10h às 16h. Sempre começo pela Vila Xavier e depois faço Santa Angelina, São José, Fonte, e outros. Ando pela cidade todo dia’, apontou.  

Com a bicicleta adaptada para o ofício, Alagoas comentou que é o único em Araraquara a bater de porta em porta.  Segundo ele, a profissão está acabando e há muitas dificuldades .

“Acho que não vai ter ninguém mais amolando. Hoje em dia, estas profissões estão acabando. É uma profissão muito difícil, bater porta por porta. Levo desaforo, mas, o ignorante é uma minoria, a maioria é gente boa’, avaliou. 

 

Fernando vende doces há 40 anos na Praça Pedro de Toledo (Foto: Amanda Rocha) 
Fernando vende doces há 40 anos na Praça Pedro de Toledo (Foto: Amanda Rocha) 

 COMERCIANTE HÁ 40 ANOS 

Há mais de 40 anos, toda quarta-feira, o comerciante Ântonio Fernando Zebini monta uma barraca de doces na praça Pedro de Toledo, no centro de Araraquara.

Doces caseiros, balas, bolachinhas, chocolates… a variedade é de dar água na boca. E não fica por aí: salgadinhos diversos e queijo mineiro também são atrativos para os paladares.

A barraca fica próxima à escola Escola Estadual Antônio Joaquim de Carvalho, onde gerações de estudantes araraquarenses frequentavam a barraca quando crianças e hoje retornam com seus filhos e famílias.  
 

“Estou vendendo doces na rua há 41 anos, e sempre no mesmo ponto aqui da praça, além de outras feiras que faço na cidade. O público vem desde criança da escola aos mais antigos, e faço feira em seis pontos de Araraquara. Mas aqui na praça Pedro de Toledo é o mais antigo”, comentou.  

Fernando começou vendendo doces com o companheiro Sérgio no final dos anos 70.

BAHIA: O LACHEIRO CHAPA QUENTE DA MORADA DO SOL 
O comerciante Bahia faz parte da paisagem urbana do Parque Infantil. Com seu carrinho de lanches, ele já fez milhares de lanches nas madrugadas adentro de Araraquara.

São 38 anos trabalhando como lancheiro no mesmo ponto: na rua Padre Duarte (rua 4), em frente ao parque.

Venceslau Gomes de Oliveira, o Bahia, 63 anos, é um personagem conhecido no centro da cidade. Irreverente, proseador e batalhador, fez a sua vida vendendo X-Bacon, X-Tudo e muito hot- dog para os araraquarenses.

 

 

E quem prova, geralmente volta. São gerações de famílias e muitos amigos que fez nesses anos atrás da chapa.
 

‘Eu faço parte do parque e adoro aqui, me sinto bem.  É meu local de trabalho, amo fazer lanches e é a única que eu sei fazer bem. Quem já provou sabe. Trabalho sempre com qualidade, gosto do que eu faço e assim tenho muitos clientes ‘, disse.

 

LAVADORA DE TÚMULOS:  TRADIÇÃO DE GERAÇÕES EM ARARAQUARA
Diariamente, elas limpam e zelam pelos túmulos do cemitério São Bento em Araraquara. São as lavadoras de túmulos que há gerações se dedicam em deixar os jazigos sempre limpos e em ordem. 

A aposentada Dona Maria do Carmo Larocca, a Lia, de 69 anos, começou a limpar túmulos quando ainda era criança acompanhando a avó e a mãe.  É um trabalho geracional e hierárquico na família de dona Lia.
 

Dona Lia limpa túmulos no São Bento desde que é criança; avó e mãe ensinaram (Foto: Amanda Rocha)
Dona Lia limpa túmulos no São Bento desde que é criança; avó e mãe ensinaram (Foto: Amanda Rocha)

“Eu vinha junto criança e ajudei até os 18 anos, parei e voltei de novo já faz vários anos. Meus primos também limpam, a gente vai herdando a função. Venho de segunda a sábado, o ano todo”, contou.

Dona Lia não sabe dizer ao certo quantos túmulos lava diariamente. A renda complementa o salário de aposentadoria. 

Ainda jovem, Lia perdeu a mãe e continuou a ajudando a avó. Hoje, a lavadora sabe de cor e salteado onde ficam os túmulos e conhece cada canto do cemitério.

FAMÍLIA KARATECA: PETRONI
Em Araraquara, uma família está na ‘luta’ há anos e é uma referência na cidade quando o assunto é o tatame. 

O casal Lucélia Cabreira Petroni, 48 anos, e Edson Rogério Petroni , 50 anos, construiu a sua família através da arte marcial milenar. 

A sensei Lucélia começou a praticar karatê aos nove anos e aos 12 anos já dava aula em uma academia da cidade. Foi lá que conheceu o amor da sua vida, e dessa união, uma família de karatecas nasceu em Araraquara. 
 

 Família de karateca de Araraquara (Foto: Amanda Rocha)
 Família de karateca de Araraquara (Foto: Amanda Rocha)

As filhas Stefany e Stella Petroni, hoje são atletas de destaque da Morada do Sol, com troféus, medalhas e pódios em importantes campeonatos nacionais e estaduais. 

Elas trilharam o mesmo caminho dos pais com muita disciplina e determinação que a arte marcial exige. As duas são faixa marrom e também dão aulas.  
 

‘A importância do karatê na minha vida se resume em tudo, foi onde eu construí minha família. E hoje nós todos trabalhamos pelo esporte, e com o que a arte marcial ensina: formação do caráter, disciplina. Tudo que temos é graças ao karatê’, frisou a sensei Lucélia. 
 

 

 Stefany e a irmã já ganharam troféus e medalhas importantes  
 Stefany e a irmã já ganharam troféus e medalhas importantes  

 

 

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