A secretária de Saúde de Araraquara, Eliana Honain, disse à Rádio CBN que o município estuda a relação do agravamento de dengue em pacientes pós-covid na cidade. Até o momento, já são 4.949 casos e dez mortes.
Segundo ela, de uma epidemia para outra, é esperado o aumento de óbitos em decorrência da vulnerabilidade de pacientes que já foram infectados anteriormente. Mas, além desta situação, pessoas que se recuperaram da covid-19 podem estar apresentando mais complicações.
“Nós não sabemos qual é o comportamento do organismo das pessoas pós-covid, que pode muitas vezes debilitar a resposta imunológica das pessoas e com isso a dengue tem uma resposta diferenciada”, explicou.
Eliana Honain também garantiu que todas as pessoas que evoluíram para óbito estavam recebendo acompanhamento médico.
A secretária de Saúde também explicou que Araraquara não realiza testes para o diagnóstico de dengue, e que o início do tratamento é feito clinicamente, ou seja, com base em sintomas, como febre, dor no corpo e perda de apetite, além de hemogramas.
“Não tem teste para dengue. Tem exames, mas, que não são feitos. Os casos são testados clinicamente”, explicou.
Segundo ela, o mosquito nunca deixou de existir, mas, nos últimos dois anos, as medidas relacionadas à pandemia também contribuíram para diminuição da doença. “O ciclo epidêmico acontece de três em três anos, por isso não tivemos muitos casos durante a pandemia”, disse. “Não tinha circulação, ou seja, a pessoa com dengue não estava circulava e não havia o contágio”, completou.
Eliana Honain voltou a dizer que o grande desafio são os criadouros, já que o veneno utilizado nas ações de combate elimina apenas o mosquito adulto. Segundo ela, também é importante que as pessoas permitam a entrada dos agentes para verificar os imóveis.