O Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região (Sismar) se posicionou, nesta terça-feira (19), contrário ao retorno parcial das aulas presenciais na rede municipal previsto para ocorrer no dia 8 de fevereiro.
De acordo com a entidade, as escolas não têm estrutura e condições mínimas para retorno das atividades com segurança para funcionários, alunos e pais.
Para o Sismar, o retorno de aulas presenciais vai expor diretamente servidores, alunos, pais e trabalhadores terceirizados ao contágio pela Covid-19. A nota reforça, ainda, que “a possibilidade de morte de alguns deles não pode ser descartada”.
Embora considere que as crianças e seus pais ou responsáveis estão sofrendo sem aulas presenciais que haja a indicação de especialistas para o retorno, o Sismar pondera que o retorno de aulas presenciais só é desejável se forem respeitadas as mais rígidas normas de controle sanitário, de higiene e de distanciamento social, combinadas com outras várias medidas de prevenção e mitigação da propagação do coronavírus.
“Quem conhece o funcionamento e a dinâmica de uma escola pública sabe que é praticamente impossível controlar as crianças a ponto de manter o distanciamento correto dos colegas e funcionários, o uso correto das máscaras, a lavagem correta das mãos a cada duas horas e todas as demais orientações destinadas a impedir a transmissão do vírus. As escolas não conseguem conter a transmissão nem de piolhos, imaginem se vão conter um vírus. Além disso, como evitar o contágio no transporte até a escola, a aglomeração de pais e crianças nas portas das escolas na entrada e na saída dos alunos?”, questionado o sindicato.
FISCALIZAÇÃO
A nota diz que o Sismar fará o possível para impedir que o retorno presencial das aulas ocorra, porém não disse como isso se daria. “Caso a Prefeitura insista em reabrir as unidades escolares, vamos fiscalizar os locais de trabalho e exigir que o prefeito Edinho Silva responda em todas as esferas por eventuais contágios e mortes que possam ocorrer”, finaliza o documento.
FALA, PREFEITURA
A assessoria de imprensa da prefeitura foi procurada para comentar o posicionamento do Sismar, mas não responder ao pedido feito pela reportagem.