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CotidianoSistema de delivery em Araraquara não atende demanda do lockdown

Sistema de delivery em Araraquara não atende demanda do lockdown

Supermercados, quitandas, açougues de Araraquara estão com filas online; a demanda de clientes é muito maior que a capacidade de atendimento, diz sindicato

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Com novo decreto, compras em supermercados podem ser feitas apenas pelo sistema delivery (Foto: imagem ilustrativa)

Com decreto de lockdown total em Araraquara, a correria dos araraquarenses para garantir a dispensa cheia de alimentos e itens de necessidades básicas em casa foi grande. 

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Desde sexta-feira da semana passada, filas e mais filas se formaram nas portas dos supermercados. Por fim, quem não conseguiu fazer as compras presencialmente, recorreu a outra alternativa: o sistema delivery. Mas, o que deveria ser a solução, tem gerado dor de cabeça para alguns consumidores, como é o caso da Rita Alves.  

“Eu fiz a compra no domingo, às 10h30, e antes de fazer a compra tinha ligado em uma loja que ainda estava aberta. Me garantiram a entrega em 24 horas, então fiz meu pedido e esperei na segunda-feira (22). Quando foi por volta das 14 horas não tinha chegado, eu entendi, pois estávamos em lockdown, as entregas aumentaram e nós entendemos o atraso. Tentei entrar em contato com eles pelas redes sociais e telefone. Liguei então na ouvidoria e a primeira atendente desligou na minha cara. A segunda atendente foi muito educada, mas disse que eu não poderia fazer nada, pois eu teria que ligar na loja. O problema é que os telefones estavam desligados e no whatsapp veio apenas resposta automática. De tanto insistir, uma funcionária entrou e contato e disse que minha entrega seria feita até ontem [terça-feira], às 20 horas e não chegou. Nesta quarta-feira (24) estou cancelando meu pedido e buscando outra rede que faça entrega. É um descaso com o consumidor, estamos há um ano em pandemia e, para mim, isso é problema de gestão”, afirma.  

Além da Rita, outros consumidores reclamam também da falta de respostas dos supermercados quanto aos atrasos nas entregas. Alana conta que depois de fazer o pedido dos produtos pelo site, tentou falar com a empresa várias vezes, mas, não teve retorno algum.  

“Na sexta-feira (19) a tarde veio um áudio falando sobre a possibilidade do lockdown. Quis então me adiantar e fiz as compras naquele mesmo momento. A entrega estava marcada para sábado e eu fiquei super tranquila. Entretanto, no próprio sábado eu percebi que a entrega estava muito demorada e nunca tinha sido assim. Entrei em contato com o mercado por e-mail. Os dias passaram e minhas compras ainda não chegaram. Consegui um numero de whatsApp, onde afirmavam que iriam honrar a entrega, mas nada disso está acontecendo”, ressalta.

De acordo com o presidente do Sincomércio, Antônio Deliza Neto, estes serviços estão sobrecarregados. Ele afirma que nesse cenário de restrições, não é possível fazer um trabalho mais eficiente para a população quando a demanda se torna maior do que a oferta.

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“O decreto saiu na sexta-feira (19) às 16h30. Como você prepara uma situação para atender uma cidade de quase 240 mil habitantes em lockdown e com 30% da capacidade instalada em cada empresa. Não tem condições de atender todo mundo no prazo que a pessoa está acostumada a receber. Não tem como fazer algo assim sem planejamento. Tem supermercados aqui que tem 1.500 entregas na fila, como vamos conseguir atender? Esperamos que o poder público reflita sobre essa questão de abastecer o cidadão e flexibilize o mais rápido o possível. Mas também cabe a população, pois estamos vivendo isso por nossa própria culpa. Grande parte desta população que está exigindo que mercados e lojas de varejo cumpram seus prazos por conta do lockdown, não respeitaram o isolamento lá atrás, minando e fazendo chegar aos níveis de contaminação que temos na cidade”.

O lockdown total em Araraquara segue até as 6h do sábado (27). Os supermercados ainda não podem abrir ao público e devem continuar no sistema de vendas delivery.

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