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AraraquaraCotidianoSuspeito de executar casal de Araraquara é expulso do PMB após candidatura a vereador

Suspeito de executar casal de Araraquara é expulso do PMB após candidatura a vereador

Ele é apontado como um dos executores do casal José Eduardo Ometto Pavan, 69, e Rosana Ferrari, 61, em abril deste ano; outros três suspeitos também foram presos

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O motorista particular Carlos Cesar Lopes de Oliveira, de 57 anos, suspeito de executar um casal de empresários de Araraquara, foi expulso do PMB (Partido da Mulher Brasileira), pelo qual foi candidato a vereador em São Carlos no ano passado.

O partido informou que, ao tomar conhecimento dos fatos, a Executiva Nacional decidiu por sua “expulsão sumária”, cuja “desfiliação” foi formalizada na última quinta-feira (19).

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Cesão, como é conhecido, tentou se candidatar a vereador em 2024, no entanto, teve a candidatura negada pela Justiça Eleitoral por não apresentar certidões criminais das Justiças Federal e Estadual, em 1º e 2º graus.

Carlos Cesar foi preso na última terça-feira (17), suspeito de ser um dos executores do casal de Araraquara José Eduardo Ometto Pavan, 69, e Rosana Ferrari, 61, em abril deste ano. Ednaldo José Vieira, o Índio, 54, também é considerado um dos executores.

Além deles, os advogados Hércules Praça Barroso, 44, e Fernanda Barroso, 47, também foram presos pela Polícia Civil, em um condomínio de alto padrão em São Carlos, suspeitos de serem os mandantes do crime.

A prisão temporária dos quatro foi mantida pela Justiça durante audiência de custódia na última quarta-feira (18).

Os investigados respondem pelos crimes de homicídio qualificado, associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e ocultação de cadáver. Além das prisões, também foi determinado o sequestro de bens dos advogados e o bloqueio de contas bancárias de todos os investigados.

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Advogados são presos em um condomínio de alto padrão em São Carlos (Foto: Colaboração)

A INVESTIGAÇÃO

A investigação concluiu que o crime foi motivado por razões patrimoniais e que o casal foi vítima de golpes aplicados pelos próprios advogados, que somaram cerca de R$ 12 milhões.

“Durante a investigação, foram analisados processos em que os investigados representavam as vítimas, e descobriu-se que elas eram induzidas em erro, o que gerou o depósito de mais de R$ 2,8 milhões em despesas processuais inexistentes“, informou a Polícia Civil.

De acordo com a investigação, os advogados investigados falsificaram guias, comprovantes de recolhimento e até uma decisão judicial com o objetivo de obter vantagens ilícitas em prejuízo das vítimas.

“Sob a alegação de ‘proteção patrimonial’, os investigados se apropriaram de cerca de R$ 12 milhões em imóveis das vítimas. Após toda a expropriação patrimonial, os advogados teriam encomendado a morte das vítimas“, concluiu a investigação.

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O CRIME

Os corpos das vítimas foram localizados na noite de domingo, 6 de abril, dois dias depois de saírem de Araraquara para passar o fim de semana em São Pedro, onde o casal possuía duas propriedades, ambas na zona rural da cidade.

Segundo a investigação, no caminho até a chácara da família, o casal parou em um sítio, também de sua propriedade, onde foi visto na companhia de um dos investigados. No mesmo dia, ao anoitecer, o veículo das vítimas foi conduzido até a chácara e abandonado com os corpos em seu interior.

Um familiar das vítimas foi ouvido e afirmou que, pela forma como o veículo foi encontrado, não poderia ter sido conduzido por nenhuma das vítimas. De acordo com a polícia, o alarme da casa não foi desligado e o carro não foi descarregado, havendo, inclusive, um cooler com alimentos perecíveis.

O idoso estava na cabine e a mulher na caçamba da caminhonete, com o capô fechado. Ela tinha as mãos amarradas, e ambos apresentavam marcas de tiros. A PM informou inicialmente que a mulher tinha um ferimento de bala no lado esquerdo do peito, e José Eduardo apresentava duas marcas de tiro na região do peito.

Casal foi encontrado morto em sítio no interior de São Paulo (Foto: Reprodução EPTV e Arquivo Pessoal)

AS VÍTIMAS

José Eduardo era proprietário do sítio Pura Vida, no Alto da Serra, município de São Pedro, voltado para a produção de eucalipto e criação de gado de corte. Já Rosana Ferrari era diretora de uma escola, que atende alunos do berçário à pré-escola.

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