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CotidianoTribunal do Júri condena duas pessoas pela morte de travesti em Araraquara

Tribunal do Júri condena duas pessoas pela morte de travesti em Araraquara

Julgamento dos réus acusados de matar e ocultar o corpo da travesti Bruna Torres terminou após 12 horas

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 Bruna tinha 26 anos quando foi assassinada (Foto: Arquivo Pessoal) Crime aconteceu em uma pensão em Araraquara (Foto: Divulgação/ Polícia Civil) 

Depois de 12 horas, terminou o julgamento dos réus acusados de matar e ocultar o corpo da travesti Bruna Torres, em setembro de 2019, em Araraquara. Duas pessoas foram condenadas pelo Tribunal do Júri, no final da noite da última terça-feira (4).

Dionathas Batista Oliveira foi condenado a 25 anos e seis meses de prisão por homicídio e ocultação de cadáver. Já Tamires, a Tamy, que desde o crime não foi localizada, foi sentenciada a 22 anos e seis meses de prisão pelos mesmos crimes.

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Caio Augusto Rodrigues Oliezer, que na época namorava com Tamires, foi julgado e absolvidos das acusações. 

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Os réus respondiam por homicídio qualificado, por motivo torpe, emprego de tortura e emboscada, e ocultação de cadáver. Durante o julgamento, foram ouvidas testemunhas e o policiais que participaram da investigação.

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Procurada pelo acidade on, a defesa de Tamires negou as acusações. A advogada Josimara Veiga Ruiz disse que confia na inocência da sua cliente e que vai recorrer da decisão em “busca de Justiça para todos”, visto que seu outro cliente foi absolvido.

O advogado de Dhionatas, Luis Roberto Moretti afirmou que, no entendimento da defesa, a condenação foi injusta e vai recorrer da decisão. Segundo ele, o réu não participou do crime.

Crime aconteceu em uma pensão em Araraquara (Foto: Divulgação/ Polícia Civil) 

O CRIME

O corpo de Bruna Torres, na época com 26 anos, foi encontrado com sinais de violência, com as mãos e pés amarrados às margens da Rodovia Deputado Vicente Botta (SP-215), próximo ao trevo da entrada do bairro Cidade Aracy, em São Carlos. 

Na ocasião, o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Gilberto de Aquino, disse que o crime ocorreu em uma pensão onde travestis ficavam hospedadas, na Vila Furlan, em Araraquara. Na sequência, o corpo foi abandonado. 

Na pensão, os investigadores encontraram fios de cabelo e manchas de sangue espalhados em alguns cômodos. Também foram apreendidos objetos que demonstraram que a vítima devia R$ 800 para uma cafetina, motivo pelo qual ainda não havia deixado à pensão.  

Vizinhos relataram à polícia que escutaram uma discussão e barulho de móveis sendo arrastados na pensão na madrugada do dia 15 de setembro. Os investigadores também concluíram que o carro do casal, Tamy e Caio, deixou o local logo em seguida.

Bruna Torres, como era conhecida nas redes sociais era natural de Manaus (AM), mas morava em Araraquara. O corpo dela foi levado até sua cidade na natal após ajuda de amigos.

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