Usuários do Terminal Rodoviário de Araraquara lamentaram o estado de abandono do local. O forro do prédio chegou a ser retirado no início do ano. No entanto, a estrutura não foi recolocada, deixando a fiação toda exposta.
“É uma janela de entrada muito negativa para a cidade. Não tem manutenção nenhuma, precisava um pouco mais de aparência, conforto para quem vem até aqui”, disse a aposentada Maria da Penha Formariz.
Além dos problemas no teto do terminal, os usuários também reclamam das acomodações, como as cadeiras e elevador que estão quebrados sem condições de uso.
“Por exemplo eu estou sozinha para viajar com mala, sozinha para descer e subir, precisa de elevador”, disse a dona de casa Branca de Neve de Jesus Dias, que tem dificuldades de mobilidade.
O comerciante José Roberto Ferreira participou da construção da rodoviária como pedreiro e lamentou vê-la da forma que está no presente. “Triste, o que a gente viu e vê agora, era para estar melhor”, disse.
Os usuários do terminal também reclamam da segurança da rodoviária. “É bastante escura, você vê que essas rampas que tinham aqui antigamente estão interditadas”, disse José Roberto.
Prefeitura diz que intervenção foi “necessária”
Segundo a arquiteta e chefe da Divisão de Terminais da Prefeitura de Araraquara, Janice De Francischi Okumura, foi necessário realizar a retirada do forro para evitar o desmoronamento do próprio forro de PVC, que era preso no madeiramento e não suportou as fortes chuvas e goteiras.
Ainda de acordo com Janice, a prefeitura deve realizar melhorias no local nos próximos meses.
“Fizemos uma requisição de substituição em caso de telhas trincadas e dos condutores e calhas, na sequência vamos pintar o forro (…) que irá dar isolamento térmico, na sequência um novo projeto lumino-técnico, com uma iluminação apropriada para o novo espaço de trabalho”, explicou.
A administração também deve substituir o mobiliário e implementar um novo projeto paisagístico no local, além de realizar a manutenção do elevador.
A prefeitura deve entregar os projetos dentro de um ano e seis meses após abertura de licitação. “Nós temos um trabalho na parte documental que demora uns seis meses até o processo de contratação. E a etapa dos serviços acreditamos que [que vá durar] um ano”, disse Janice.
Insegurança
Questionada sobre a situação de insegurança, a prefeitura disse em nota que a Guarda Civil Municipal realiza rondas constantes em todo o terminal – tanto na parte inferior, onde ficam as áreas de embarque e desembarque, quanto na parte superior, onde há um posto fixo da GCM que serve como ponto de apoio e estacionamento das viaturas em diversos horários ao longo do dia.
Disse também que o local possui um totem com câmeras de monitoramento, instaladas na entrada principal, conectadas diretamente à Central de Monitoramento da Guarda Civil Municipal. A previsão é de que, a curto prazo, novas câmeras sejam instaladas no interior do terminal para ampliar ainda mais a vigilância do espaço.
- Com informações da EPTV Central
