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CotidianoVeja como foi a investigação em busca da quadrilha que causou terror em Araraquara

Veja como foi a investigação em busca da quadrilha que causou terror em Araraquara

Quatro pessoas foram presas nesta quinta-feira (27), sendo que uma participou da execução e as outras três do ‘núcleo da fuga’

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Fernando Bravo, delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Araraquara (Foto: Amanda Rocha)

Quatro pessoas foram presas nesta quinta-feira (27), na capital de São Paulo, suspeitas de terem participado do roubo a banco realizado em novembro de 2020 em Araraquara, ação que ficou conhecida como noite de terror porque teve tiroteio, carros incendiados e confronto com a polícia. 

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As prisões foram realizadas pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Araraquara, que cumpriu 14 mandados de busca e apreensão na capital paulista nesta semana, sendo que cinco foram na terça-feira (25) e nove foram nesta quinta (27). Foi ordenada a prisão preventiva por 30 dias para que eles possam ser interrogados e o material apreendido seja analisado. 

“Hoje montamos uma parte do quebra-cabeça. Agora vamos analisar os documentos, tudo o que foi apreendido e eles serão interrogados para continuarmos a investigação”, explicou o delegado Fernando Bravo, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), em coletiva após retornar de São Paulo. 

A investigação da DIG durou seis meses e eles contaram com apoio do Grupo Especial de Reação (GER) da Polícia Civil do Estado de São Paulo para realizar os mandados de busca e apreensão nesta semana. Foram apreendidos documentos, recibos, celulares e computadores. Segundo o delegado, nenhuma arma foi encontrada. 

De acordo com Fernando Bravo, os quatro suspeitos que foram presos nesta quinta-feira não têm nenhuma ligação com Araraquara e não ficaram na cidade após o roubo. “A princípio, eles negaram o envolvimento. Quando estávamos na sede da polícia em São Paulo, eles já estavam sendo assistidos pelos advogados. Eles ainda serão interrogados”, explica. 

A investigação contou com sete equipes da DIG de Araraquara, seguindo 11 linhas de investigação. “O fato de nenhum deles ter alguma ligação com Araraquara dificulta a investigação. Eles trabalham em núcleos e segmentam o contato até entre eles para dificultar o reconhecimento, mas conseguimos provas bem contundentes”, diz. 

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Estima-se que entre 20 e 30 pessoas participaram do roubo, sendo que um dos homens presos trabalhou na execução do crime em Araraquara e as outras três pessoas estavam envolvidas no “núcleo da fuga”, já que a quadrilha trabalha de forma segmentada, cada um tem uma função. 

Segundo Fernando Bravo, os bandidos levaram R$ 13 mil em dinheiro e R$ 4 milhões em joias que estavam nos bancos. “Agora vamos analisar tudo e continuar as investigações para encontrar os próximos”, finaliza.  

Prisões foram realizadas nesta quinta-feira; delegado realizou coletiva de imprensa quando retornou a Araraquara (Foto: Amanda Rocha)

RELEMBRE O CASO
No dia 24 de novembro de 2020, uma terça-feira, Araraquara viveu uma noite de terror. Uma quadrilha de cerca de 30 homens invadiu a cidade para assaltar bancos. Houve confronto com a polícia, carros incendiados, tiroteio e mais de R$ 4 milhões foram levados. 

A ação da quadrilha começou por volta das 2h, quando dois veículos foram incendiados na porta do quartel e outros dois foram colocados de forma estratégica para impedir a locomoção das viaturas. Os criminosos atiraram contra o Batalhão, acertando a guarita de segurança e um transformador de energia elétrica, o que cortou parte do atendimento 190. Os policiais que estavam dentro do quartel atiraram contra os bandidos. 

Simultaneamente, outras parte da quadrilha estava na região central da cidade. Os bandidos invadiram o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, ambos na avenida Brasil. Foram levados mais de R$ 4 milhões. Segundo o Tenente Coronel PM Luiz Sérgio Mussolini Filho, em entrevista naquele dia, o bando estava fortemente armado e agindo de forma orquestrada. Houve perseguição, os bandidos atiraram contra os policiais, mas ninguém se feriu. 

Araraquara recebeu reforços vindos de diversas cidades da região e o helicóptero Águia foi acionado. Os bandidos usaram duas pessoas como escudo humano para fugir e soltaram os reféns na saída da cidade sem ferimentos. Antes de ir, deixaram duas caixas com aproximadamente 20 quilos de explosivos nas portas dos bancos, mobilizando a perícia especializada e deixando as ruas centrais fechadas no período da manhã. 

Os bandidos fugiram em nove veículos, abandonando um deles perto de São Carlos e outro perto de Motuca. Três veículos foram incendiados próximo ao pedágio na Rodovia Antônio Machado Santana (SP-255), deixando a pista interditada. O roubo deixou Araraquara em choque. Moradores de diversos pontos da cidade ouviram tiros de madrugada e no começo da manhã. Na época, ninguém foi preso. Parte do centro ficou fechada naquele dia e a noite de terror ganhou destaque na mídia nacional. 

Veículos são incendiados próximo ao Batalhão da Polícia Militar em Araraquara (Foto: Rede Social)

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