Todo início de ano é marcado pela chegada das contas. Mas, em 2022, os reajustes devem pesar no bolso do consumidor araraquarense.
Água, taxa do lixo, energia elétrica, transporte e Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) são alguns dos reajustes já anunciados.
Mas, eles não param por aí e se somam a energia elétrica, Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), material didático, além de outras despesas comuns.
Aqui em Araraquara, por exemplo, o transporte coletivo vai ficar 15% mais caro a partir do dia 16 de janeiro. A água vai subir quase 17% em fevereiro.
Tem ainda o reajuste de quase 10% no valor do IPTU e também na taxa do lixo. Sem contar o IPVA, tributo estadual, que teve valorização no valor venal dos veículos em mais de 20%.
A dona de casa Patrícia Caetano Pires, encara o reajuste no transporte coletivo com bom humor, já que em sua avaliação, não há o que fazer para mudar essa realidade.
“Acho que está muito abusivo o aumento na tarifa, subiu demais e vai pesar no bolso de muita gente. Pior que nem sabemos de onde tirar”, riu da situação.
Para Bruna Tamires, que trabalha no Centro de Araraquara e usa o coletivo todos os dias, o reajuste vai pesar no bolso.
“É abusivo, mesmo sabendo que o combustível aumentou, ainda assim é um preço abusivo e vai fazer muita falta no orçamento”, apontou.
Já Rita Maria Pessoa criticou o aumento na conta de água que começa a valer em fevereiro. Ela lembrou o impacto da inflação no orçamento doméstico.
“É um absurdo. Já pagamos muitos impostos e todo ano o salário sobe só uma vez. Já as coisas sobem sempre, praticamente todo mês, o dinheiro não tem mais valor”, afirmou.
ALTERNATIVA
Em entrevista ao Manhã CBN, da CBN Araraquara, o professor e economista Eduardo Rois Morales Alves, reforçou que o salário mínimo não tem acompanhado os aumentos.
“É difícil, pois o salário mínimo está sentindo inflação superior aos 10% do IPCA, temos falado todo ano dos aumentos acima da inflação dos alimentos. Quem vive de salário mínimo tem uma renda tão restrita, que é difícil falar para fazer uma substituição”, apontou.
Na avaliação do especialista, uma das saídas para o consumidor driblar os sucessivos aumentos é parcelar impostos e tributos para aliviar a vida financeira.
“Para quem está sofrendo com restrição de renda, o parcelamento mais alongado desses tributos significa um refresco. Porque o desembolso das famílias no início de ano ele é muito grande, seja com esses impostos todos, seja com material escolar, matrícula, você tem um aumento de despesa, de desembolsos obrigatórios pesados, e aí parcelar o IPTU, IPVA, que são passíveis de parcelamento significa um refresco”, orientou.
“É importante a família evitar de pegar dinheiro emprestado para pagar esse tipo de obrigação que todo ano está presente. Se tiver o recurso, convém pagar a vista, pois o IPVA, por exemplo, tem desconto de 9%. Mas, aproveita quem tem dinheiro disponível, se não tem parcela e fraciona esse valor para não começar o ano endividado e em situação que pode implicar em inadimplência”, completou.